Anuário Brasileiro do Arroz 2017 - page 83

O
Ministério da Saúde tem de-
monstrado estatísticas que
comprovam os diversos pro-
blemas de saúde enfrenta-
dos pela população brasi-
leira, como os altos índices de obesidade,
hipertensão e diabetes. Para fazer frente
a essas doenças, que acometem também
crianças e adolescentes, instituições ligadas
às Câmaras Setoriais das Cadeias Produtivas
do Arroz e do Feijão estão implementando
uma Campanha de Valorização do Consu-
modoArroz edoFeijão, que visa estimular o
consumo dos grãos entre os brasileiros.
A iniciativapartedopressupostodeque
algo deve ser feito para identificar hábitos
alimentares e conhecer a percepção dos
consumidores em relação a esses grãos,
seus valores nutricionais e funcionais. A
partir desse diagnóstico, a ideia é produzir
informações customizadas dos dois produ-
tos para difusão em todo o País.
“Não se trata de buscar o aumento do
consumo
per capita
, mas de incentivar a
manutenção do consumo, ou seja, impedir
que eles sejam substituídos por outros ali-
mentos, principalmente daqueles causa-
dores das doenças citadas que acometem
os brasileiros”, explica Carlos Magri Ferrei-
ra, um dos responsáveis técnicos pelo pro-
jeto na Embrapa.
A primeira iniciativa do projeto foi a
realização de uma fase piloto da pesqui-
sa com consumidores na região metropo-
litana de Goiânia. Essa etapa foi realizada
através de parceria entre a Empresa Jú-
nior da Escola de Agronomia da Univer-
sidade Federal de Goiás (Cippal), a Uni-
n
n
n
Adiante e além
A analista do setor de transferência
de tecnologia da Embrapa Arroz e Feijão,
Tamillys Cientielly de Lellis Albernaz Luz,
destaca que o sucesso da Campanha de
Valorização do Consumo do Arroz e do
Feijão depende da anuência e do engaja-
mentodeoutrasinstituições.Aanalistaex-
plica ainda, que, embora a adesão ao pro-
jeto seja livre, é considerada primordial a
participaçãoefetivadasCâmarasSetoriais
das Cadeias Produtivas do Arroz e do Fei-
jão, vinculadas ao Ministério da Agricultu-
ra, Pecuária e Abastecimento (Mapa).
“De posse dos dados levantados nos
nove estados, será feita a análise global,
identificando aspectos que merecem ser
tratados visando alcançar o objetivo da
campanha”, explica. Embora ainda não
se tenha definição de como funcionará,
todo o trabalho será monitorado, prova-
velmente por um comitê indicado pelas
empresas parceiras. A intenção, segundo
a analista, é que as informações transmiti-
dasnaspeçaspublicitáriastenhamrespal-
do científico e que ressaltem os aspectos
nutricionais e funcionais do arroz e do fei-
jão para mantê-los em níveis adequados
na dieta da população brasileira.
“A última fase da campanha será a di-
vulgação,paraagentesdascadeiasprodu-
tivas,nãosóconsumidores,depontoscon-
siderados importantes, a critério de cada
instituição envolvida. A decisão de onde,
quandoecomodivulgar caberáacadaem-
presa parceira. Portanto, não existe fonte
de financiamentoúnica”, salienta. Tamillys,
que também é a responsável técnica da
pesquisa, ressalta que as empresas terão
liberdade de usar recursos próprios, bus-
car financiamentos, trabalhar isoladas ou
em grupos e direcionar suas divulgações
para o público e o local desejado.
Mistura
fina
Meta é incentivar a manutenção do consumo de arroz e de feijão no País
Campanhadevalorizaçãodoarroze
dofeijãovisaestudaroshábitosde
consumodosbrasileirosemanteresses
grãosemníveisadequadosnadieta
versidade Federal de Goiás (UFG), a Camil
Alimentos e o Conselho Regional de Enge-
nharia e Agronomia de Goiás (Crea-GO). A
pesquisa foi conduzida entre 30 de janeiro
e 3 de fevereiro de 2017, com abordagens
emdiversos pontos de venda de Goiânia e
Aparecida de Goiânia.
Conforme Ferreira, foram distribuí-
dos aos entrevistados, como brinde, sa-
colas personalizadas com calendários e
folders
contendo receitas à base de ar-
roz e de feijão, alémde mensagens de va-
lorização dos produtos: “Feijão, a repre-
sentação do povo brasileiro em forma de
grãos” e “Arroz, protagonista na mesa do
brasileiro”. “A ação visou verificar a ne-
cessidade de ajustes nos trabalhos feitos
até o momento, para que os resultados
da etapa nacional sejamos mais precisos
possíveis”, esclarece. O próximo passo é
realizar a pesquisa com consumidores
nas capitais dos estados de Alagoas, Ma-
ranhão, Mato Grosso, Minas Gerais, Per-
nambuco, Rio Grande do Sul, Santa Cata-
rina, São Paulo e Tocantins.
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