Anuário Brasileiro da Fruticultura 2017 - page 71

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A
produção brasileira de me-
lões não para sua caminhada
de crescimento. Mesmo que
no passado os avanços te-
nham sidomais representati-
vos, nas últimas safras a cadeia produtiva
estima ampliação de cerca de 10%ao ano.
Isso representa em torno de 2 mil novos
hectares anuais. Atualmente, segundo da-
dos da Associação Brasileira dos Produto-
res e Exportadores de Frutas e Derivados
(Abrafrutas), o plantio nacional da fruta é
de 20 mil hectares, perfazendo produção
de 500 mil toneladas.
O plantio ocupa 20 mil hectares no
País, e a safra é de 500 mil toneladas
n
n
n
Comemorando o superávit
A produção de melão no Brasil é mais do que suficiente
para abastecer o consumo interno. Hoje, praticamente meta-
de da colheita é destinada para exportação, enquanto a ou-
tra metade é consumida pelos brasileiros. Na última safra,
segundo o presidente da Associação Brasileira dos Produto-
res e Exportadores de Frutas e Derivados (Abrafrutas), Luiz
Roberto Barcelos, foram embarcadas 250 mil toneladas da
fruta, que movimentaram US$ 210 milhões. “Esses números
fazem do melão a segunda fruta mais exportada pelo Brasil
em valor e a primeira em volume”, pondera.
Em torno de 80% das exportações são direcionadas à Co-
munidade Europeia, mais especificamente a Reino Unido, Ho-
landa e Espanha. A expectativa é de que, à medida emque no-
vos mercados forem sendo abertos para os melões brasileiros,
o avanço da atividade produtiva seja ainda maior. Para 2017,
considerando apenas os mercados em que o setor já atua, a
projeção de crescimento é de cerca de 5% para atender à ex-
pansão orgânica da demanda, no País e além fronteiras.
Sonhos
nohorizonte
Aaberturade
novosmercados
compradoresno
exteriorparao
melãonacional
temimpulsionadoo
crescimentoregular
daproduçãonoBrasil
Conforme o presidente da entidade,
Luiz Roberto Barcelos, o cultivo de melão
concentra-se sobretudo no Nordeste, em
especial da Chapada do Apodi, que fica na
divisa dos estados do Rio Grande do Nor-
te e do Ceará, embora tambémhaja produ-
ção em Pernambuco e na Bahia. O Estado
que mais produz no Brasil é o Rio Grande
do Norte, com 250 mil toneladas, seguido
do Ceará, com 200 mil toneladas. “Esses
dois estados são responsáveis por 90% da
produção brasileira”, explica.
Paramanter os números positivos, o di-
retor institucional da Agrícola Famosa e di-
retor-presidente do Comitê Executivo de
Fruticultura do Rio Grande do Norte (Coex)
destaca que o setor tem lutado contra a es-
cassez de água. “Estamos passando por
cinco anos de chuvas bem abaixo da mé-
dia. E como a fonte de água são os recur-
sos hídricos provenientes de poços subter-
râneos, esses vêm sofrendo rebaixamento
constante e está havendo concentração
maior de sal”, pondera Barcelos.
Em contrapartida, são diversas as con-
quistas a serem comemoradas por produ-
tores e exportadores. A primeira delas é a
abertura de novos mercados para expor-
tação, como Argentina, Chile, Japão e Vie-
tnã. Os embarques para a China também
devemse tornar realidade embreve. A am-
pliação da área livre da
Anastrepha gran-
dis
, única praga quarentenária do melão,
igualmente é comemorada. Essa zona,mo-
nitorada pelo Coex e reconhecida em âm-
bito internacional, antes era restrita ape-
nas a alguns municípios.
O dirigente aponta que outra gran-
de vitória é o registro de vários defensi-
vos por parte da Agência Nacional de Vi-
gilância Sanitária (Anvisa), do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimen-
to (Mapa) e do Instituto Brasileiro do Meio
Ambiente e dos Recursos Naturais Reno-
váveis (Ibama). “Com esses registros, no-
vos defensivos, mais modernos, com me-
nos toxidade emais seletivos, poderão ser
utilizados pelos produtores, garantindo
maior produtividade, menor custo e uma
fruta mais saudável.”
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