Produto saudável
A oferta da melhor qualidade do leite está entre os grandes objetivos de
programa nacional que é compostode diversos eixos e frentes de atuação
Para avançar e ser mais competitivo,
o setor leiteiro no Brasil está consciente
da necessidade de muitos esforços, a que
se propõe iniciativa nacional lançada em
2015, identificada como Programa Leite
Saudável. Um dos principais propósitos é
assegurar a melhor qualidade do produto,
bem como a elevação da produtividade,
com diversas ações que buscam ainda o
aumento de renda e a ascensão social dos
produtores. Seis eixos orientam o projeto:
assistência técnica e gerencial, melhora-
mento genético, política agrícola, sanida-
de animal, qualidade do leite, marco regu-
latório e ampliação de mercados.
No âmbito qualitativo, o Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimento
(Mapa), que está à frente do programa, de-
senvolve com a Embrapa Gado de Leite o Sis-
tema de Monitoramento da Qualidade do
Leite Brasileiro. Por este meio, serão geren-
ciados dados de mostras de todo o País, re-
alizadas pela Rede Brasileira de Qualidade
do Leite, formada por 10 laboratórios loca-
lizados em regiões estratégicas, permitindo
acompanhamento atualizado e definição de
políticas para maior competitividade da ca-
deia produtiva. O número de análises já regis-
tra salto significativo, conforme o ministério.
A assistência técnica e gerencial, onde se
destaca a difusão das boas práticas, prevê a
seleção inicial de 3.620 propriedades rurais
nos principais estados produtores abrangi-
dos pelo programa: Minas Gerais, Rio Gran-
de do Sul, Paraná, Goiás e Santa Catarina. A
Confederação da Agricultura e Pecuária do
Brasil (CNA), ao assinar ainda em 2015 con-
vênio de cooperação técnica com o Mapa e
o Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pe-
quenas Empresas (Sebrae), manifestou con-
fiança no êxito do projeto, “no que depen-
der dos produtores, da CNA e do Serviço
Nacional de Aprendizagem Rural (Senar)”.
João Martins, presidente da CNA e do
Conselho Deliberativo do Senar, disse en-
tão que “o pecuarista brasileiro está mais
determinado a ter eficiência, e a atividade
leiteira é a que mais emprega no País”. Men-
cionou que são 1,3 milhão de produtores, a
maioria pequenos, enquadrados dentro do
que o Sebrae procura para estimular o em-
preendedorismo. A entidade divulga tam-
bém trabalhos já realizados nos estados,
como Programa Balde Cheio, da Fede-
ração da Agricultura de Minas Gerais
(Faemg), do Leitec, do Senar/RS,
do Goiás Mais Leite, do Senar/GO e ações
do Senar Santa Catarina.
A Câmara Setorial da Cadeia Produti-
va do Leite e Derivados, coordenada por
Rodrigo Alvim, da CNA, da mesma forma
destaca o programa, que prevê diversas
frentes, incluindo liberação de créditos e
desburocratização para pequenas agroin-
dústrias, bem como intensificação da defe-
sa sanitária e expansão dos mercados. Ou-
tro objetivo é aumentar a produtividade
do rebanho brasileiro (hoje ainda na faixa
de 4,4 litros/vaca/dia) e, de modo geral e
ousado, pretende atingir migra-
ção de 80 mil produtores de
leite para a classe média,
em 466 municípios
brasileiros.
Aumento da produtividade
do rebanho leiteiro integra
metas do projeto
Inor Ag. Assmann
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