Anuário Brasileiro de Hortaliças 2016 - page 59

As principais
MAINVEGETABLES
TOMATE
TOMATOES
Sol
vermelho
Setor industrial brasileiro aposta na cooperação a fim de driblar a crise
e somar novas conquistas para o segmento de processamento de tomate
A indústria brasileira de processamen-
to de tomate articula-se para enfrentar as
dificuldades financeiras iniciadas em 2015
e que devem persistir ao longo de todo o
ano de 2016. No último período, para fins
industriais, foram utilizadas 1,2 milhão de
toneladas de tomate fruta. Em comparação
com 2013, a retração foi de 300 mil tonela-
das. Conforme o diretor executivo da As-
sociação Brasileira da Cadeia Produtiva do
Tomate (Abratop), Antônio Carlos Tadiotti,
apesar de não ser uma crise violenta para
o setor, os investimentos foram bem limi-
tados e muitas empresas encolheram suas
programações para estabilizar os preços.
“Todo mundo participou com sua cota
de responsabilidade e de cooperação”, pon-
dera. Diante dos investimentos restritos em
2015, o dirigente destaca que a tendência
aponta para mais uma safra de novas prova-
ções. Soma-se a isso a conjuntura econômi-
ca nacional, que provocou queda no merca-
do e problemas das companhias em ajustar
os preços no segmento. Alémdisso, a alta do
dólar vinha provocando efeito-dominó nos
preços de embalagens, defensivos agríco-
las, fertilizantes e sementes de tomate, que
são importadas. Apesar de todos os obstácu-
los, o Brasil é hoje o quinto maior produtor
mundial de tomate processado.
A Abratop, em sintonia com o mercado
produtor de tomate rasteiro, próprio para a
indústria, destaca que, dentro da produção
agrícola, o aumento da produtividade foi
uma conquista muitomensurada – a melho-
ra genética resultou em maior rentabilidade
agrícola por hectare. Mesmo assim, Tadiotti
explica que a produção nacional ainda não
abastece as necessidades de todas as empre-
sas do setor e muitas precisam apelar para a
importação. Em relação às exportações, tan-
to do produto
in natura
quanto dos seus de-
rivados, os números são baixos. Atualmente,
Estados Unidos e China dominam o merca-
do mundial com suas exportações.
Conforme balançodo setor de Estatísticas
de Comércio Exterior do Agronegócio Brasi-
leiro (Agrostat), ligado ao Ministério da Agri-
cultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa),
em 2015 o País exportou 198.400 quilos
de tomate e outros 2.184.538 quilos de to-
mates preparados ou conservados. Juntas,
as embarcações somaram US$ 2.226.813,00
no período. Por ora, entre os maiores países
compradores dos produtos nacionais estão
vizinhos da própria América Latina: Bolívia,
Paraguai, Uruguai e Argentina lideram a lista.
Em todo o mundo, a projeção para 2016 in-
dica queda de 41,3 para 39,2 milhões de to-
neladas de tomate processado.
NA PRODUÇÃO
A produção total de tomates no Brasil em 2015 chegou a 3.686.816 toneladas, segundo balanço do Sistema IBGE de Recuperação Auto-
mática (Sidra). Para 2016, a projeção é de que a safra encolha 10,17%, ficando em 3.311.956 toneladas. Em relação ao rendimento, em 2015
os agricultores colheram 64.817 quilos por hectare, em área colhida de 56.880 hectares. Na nova etapa, a área plantada não deve ultrapas-
sar a 52.503 hectares, o que representa retração aproximada de 7,77%. Atualmente, os principais estados produtores são Goiás, São Paulo
e Minas Gerais, que colhem, juntos, mais de 33,6 mil hectares.
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1...,49,50,51,52,53,54,55,56,57,58 60,61,62,63,64,65,66,67,68
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