Anuário Brasileiro de Hortaliças 2017 - page 35

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Batata-doce
SWEET POTATO
n
n
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Embarque superior
Outro dado que indica maior oferta de batata-doce foi o desempenho da exportação em 2016. O embarque do ano totalizou
20,236 mil toneladas e US$ 7,288 milhões. Os resultados foram bem superiores aos negociados em 2015: 1,828 mil toneladas e
US$ 1,474 milhão, de acordo com números da Secretaria de Comércio Exterior (Secex), do Ministério do Desenvolvimento, In-
dústria e Comércio Exterior (MDIC). A maior parte, 16,899 mil toneladas, foi exportada para a Argentina. O restante foi embarca-
do para Uruguai, Reino Unido, Países Baixos, Paraguai e Portugal. São Paulo foi o principal exportador, com 4,749 mil toneladas.
O segundo maior volume, de 5,316 mil toneladas, foi enviado pelo Rio Grande do Sul.
C
ientes dos inúmeros benefícios
que a hortaliça proporciona à
saúde, os brasileiros estão con-
sumindo cada vez mais bata-
ta-doce. A demanda anual tem
sido estimada em cerca de 600 gramas por
habitante. Esse volume ainda é muito bai-
xo, quando comparado com o registrado
noUruguai, por exemplo, onde cadapessoa
consome em média 5 quilos de batata-do-
ce por ano. O Brasil produziu quase 600 mil
toneladas de batata-doce em2015, de acor-
do comos dados mais recentes do Instituto
Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
Houve acréscimo de 70,1 mil toneladas em
relação às 525,8 mil toneladas produzidas
em 2014. A área colhida evoluiu de 39,7 mil
hectares em2014 para 43,9mil hectares em
2015. A produtividade média ficou em 13,5
toneladas por hectare em 2015, superior às
13,2 toneladas obtidas no ano anterior.
“É umalimento popular e apreciado em
todo o País, estando colocado em quarto
lugar entre as hortaliças mais consumidas
pela população brasileira”, destaca o enge-
nheiroagrônomo Luis AntonioSuitadeCas-
tro, da Embrapa Clima Temperado, de Pe-
lotas (RS). Para identificar a preferência dos
brasileiros, a Embrapa realizou testes, os
quais apontaram que as cultivares de bata-
Adoçando
avida
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n
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MaiorproduçãonoRioGrandedoSul indicaqueovolumeobtido
noPaíspodetersuperadoacolheitadequase600mil toneladasem2015
ta-doce preferidas para consumo de mesa,
no processamento básico de cocção a seco,
foram BRS Amélia e BRS Cuia. Apenas 10
cultivares para o consumo de mesa estão
registrados no Ministério da Agricultura, Pe-
cuária e Abastecimento (Mapa), limitando
a escolha do produtor. Todos os materiais
registrados como cultivares de mesa têm a
participação da Embrapa. As mais planta-
das hoje são Beurregard (introdução ameri-
cana), BRS-Amélia e BRS-Cuia.
Amaioria dos principais estados produ-
tores apresentaramvolumes superiores de
batata-doce em 2015. O Rio Grande do Sul
continua liderando, comcolheita de 166,35
mil toneladas, em área de 12,1 mil hecta-
res, conforme a pesquisa Produção Agrí-
cola Municipal (PAM), do IBGE. Em 2014, os
gaúchos produziram menos, 161,3 mil to-
neladas. O segundo maior resultado, com
alta significativa, foi obtido em São Paulo.
Lá, em área de 6,4 mil hectares foram co-
lhidas 113,7 mil toneladas em 2015, muito
acima das 74,9 mil toneladas do ano ante-
rior. Minas Gerais ofertou 42,9 mil tonela-
das em 2015, com incremento de 13,2 mil
toneladas, passando do sexto para quarto
maior. A região Sul participou com o total
de 247,6mil toneladas em2015.
A tendência é de que a hortaliça tenha
registrado crescimento em 2016. No Rio
Grande do Sul, por exemplo, a batata-do-
ce pode ter totalizado 167,8 mil toneladas
em 2016, conforme o Levantamento Siste-
mático Produção Agrícola (LSPA), do IBGE.
Para 2017, o levantamento estimava que o
Estado colheria 168,9mil toneladas, signifi-
cando acréscimo de 6,6%. A produtividade
média foi projetada em 13,4 toneladas por
hectare em 2016, e em 13,9 toneladas em
2017, com4%de alta.
“Hoje, apesar de o Rio Grande do Sul
atingir a maior produção, o Mato Grosso
possui amelhor produtividade, com índice
três vezes superior à média nacional, devi-
do ao maior nível tecnológico empregado
nas lavouras”, explica a engenheira agrô-
noma Larissa Vendrame, pesquisadora da
Embrapa Hortaliças, de Brasília (DF). Ela
também coordena o programa de melho-
ramento genético da batata-doce.
Mercado Externo
exportação
foreign market
2015
2016
US$
1.474.832 7.288.148
KG
1.829.410 20.236.729
Fonte:
MDIC/Aliceweb
– Elaboração:
Editora Gazeta.
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