Anuário Brasileiro de Hortaliças 2017 - page 43

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Cenoura
CARROT
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Cor nacional
A produção total de cenoura no Brasil foi de 760.600 toneladas em 2015, de acordo com os dados mais recentes da pesquisa
Produção Agrícola Municipal (PAM), do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). O resultado é menor do que a média
de 780,3 mil toneladas obtida nos três anos anteriores, conforme cálculo da pesquisadora Nirlene Junqueira Vilela, da Embrapa
Hortaliças, de Brasília (DF). Ela se baseia nas informações apuradas pelo IBGE.
A área plantada e a produtividade média totalizaram 24.100 hectares e 31,6 toneladas por hectare, respectivamente. O va-
lor das cenouras foi de R$ 156,120 milhões em 2015. Minas Gerais, principal produtor da hortaliça, colheu 280.779 toneladas. O
plantio mineiro ocupou 7.089 hectares e rendeu média de 39,7 toneladas por hectare, de acordo com o IBGE. A maior média, de
60 toneladas por hectare, foi registrada na região Noroeste. Tambémproduzem volumes significativos de cenoura os estados de
Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás e Bahia.
O
bomdesempenho do ano an-
terior levou ao aumento do
plantio brasileiro de cenoura
em2016. A área plantada che-
gou a 15.821 hectares no ano
(ou ciclo 2016/17), com acréscimo de 3,29%
sobre o espaço do ano anterior (ou etapa
2015/16). Essa área corresponde às princi-
paisregiõesprodutoras,acompanhadaspela
equipe de pesquisadores do Centro de Estu-
dos Avançados em Economia Aplicada (Ce-
pea), da Escola Superior de Agricultura Luiz
de Queiroz (Esalq), vinculada à Universidade
deSãoPaulo(USP). Aboarentabilidadeobti-
danasafradeverãode2015eospreçosaltos
praticadosnoprimeirosemestrede2016mo-
tivarama entrada de “aventureiros” no setor
na temporada de inverno destemesmo ano,
esclarece aequipedoCepea.
No entanto, a alta produtividade no in-
verno de 2016 resultou em excedente de
oferta e em queda de preços. Entre os me-
ses de julho e novembro de 2016, a produ-
tividade atingiu 95 toneladas por hectare
de cenoura em São Gotardo, no Estado de
Minas Gerais, e em Cristalina, no Estado de
Goiás. Essa média representou incremento
de 30% em relação ao rendimento por hec-
tare obtido nomesmo período de 2015.
Emmuitas ocasiões, no inverno de 2016,
o clima desfavorável prejudicou a oferta de
cenoura nosmunicípios de Caxias do Sul, no
Rio Grande do Sul, e de Marilândia do Sul,
no Paraná. Em relação à safra de inverno de
2015,aprodutividadefoide58toneladaspor
hectare (+24%) na praça paranaense e de 59
toneladas por hectare no município gaúcho
(-10%). Diante dos preços abaixo dos cus-
tos de produção, os produtores de Irecê, na
Bahia, diminuíramaáreaplantada.
O balanço da safra de inverno de 2016,
que vai de julho a novembro, apontou que a
caixa de 29 quilos de cenoura “suja” foi ven-
dida a R$ 10,00 na média das regiões acom-
panhadas pela equipe do Cepea. Menos em
Irecê, onde a unidade da caixa é de 20 qui-
los. O valor é 12%menor do que as estima-
tivas de custo de produção, que ficou emR$
11,40 por caixa. EmMinas Gerais, o preço da
caixa em outubro de 2016 caiu para R$ 6,58,
omenor patamar do ano. Em2017, devido à
menor remuneraçãona temporada de inver-
no, a área deve retornar aopatamar de 2016,
coma saídadeprodutores aventureiros.
A oferta e o preço da cenoura seguiram a
mesma trajetória das principais hortaliças em
2016, aponta o boletimdo Programa Brasilei-
ro de Modernização do Mercado Hortigran-
jeiro (Prohort), de dezembro, da Companhia
Nacional de Abastecimento (Conab). Os altos
preços obtidos em um ciclo estimulam o au-
mentodaáreanoseguinte.Namaioriadasve-
zes, a produção também aumenta e acarre-
ta emqueda de preços e de remuneração ao
horticultor.Aamplitudedascotaçõesem2016
foi bastante grande nos entrepostos analisa-
dos pelo Prohort. Na Ceagesp, por exemplo,
o menor preço foi observado em novembro,
commédiadeR$1,15por quilo, eomaior em
fevereiro,commédiadeR$4,20porquilo.
A exportação brasileira, agrupada em ce-
nouras e nabos, totalizou 12.126 toneladas e
US$ 4.021.412,00 em 2016, conforme o sis-
tema AgroStat, do Ministério da Agricultura,
Pecuária e Abastecimento (Mapa). O maior
volume, de 11.126 toneladas, foi embarca-
da para a Argentina. O restante foi enviado a
Uruguai e Venezuela. Minas Gerais (5.265 to-
neladas), São Paulo (3.987 toneladas) e Rio
Grande do Sul (2.586 toneladas) foram os
principais responsáveispelos envios.
Paranãoficar
ralado
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Áreaeprodutividadecresceramnasprincipaisregiõesprodutorasem2016,
numforte indicativodequeaofertatotalpodetersuperadoadoanoanterior
1...,33,34,35,36,37,38,39,40,41,42 44,45,46,47,48,49,50,51,52,53,...60
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