Área de eucalipto
sofreu comprolongada
estiagem, que afetou a
produção dos períodos
recentes, mas existe
expectativa demelhorias
mais adiante
O setor de florestamento com eucalipto teve crescimen-
to há alguns anos no Oeste baiano, mas foi cortado pela ocor-
rênciade intensaepersistenteestiagememfase recente, além
de recuoem investimento termelétrico. A situaçãoafetaaárea
e a produção – que, segundo dados existentes, diminuíram
16,7% na safra 2016/17 – e deve refletir em dificuldades pró-
ximas para abastecimento da demanda regional. Mas, em re-
lação ao futuro, há perspectiva de retomada dos plantios, de
acordo com informações de especialista, tendo emvista ama-
nifestação de vários fatores de estímulo.
Oprofessor e consultor Moisés Pedreira Souza historia que
oúltimograndeplantiodeeucaliptonaregiãoocorreunociclo
2012/13, na ordem de 5 mil hectares, do
qual ele participou, alémde 7mil hectares
de novo projeto de termelétrica, que era
ambicioso, mas foi reduzido e deixado de
lado, de modo que ficou bemaquémdes-
te número. Em paralelo, comenta, a seca
que se instalou por período mais amplo
afetou as florestas implantadas e acelerou
a venda, o que reduziu preços e desmoti-
vou novos plantios, devendo repercutir
emfalta próxima do produto.
Por outro lado, o especialista no setor temexpectativa de
que haverá melhorias no futuro, com a interferência de vá-
rias questões que já estão sendo verificadas. Tendo em vis-
ta a menor disponibilidade do produto florestal, analisa
Moisés, deve ocorrer recuperação de preços e haver novo es-
tímulo. Ele verifica também possibilidade de diversificar de-
manda, em serrarias, produção de móveis e caixas, além do
expressivo consumo já existente, inclusive obrigatório, em
vista de acordos celebrados por parte de maiores consumi-
Integraçãocom
lavoura e pecuária
deve apoiar
implantaçãode
florestas
dores (esmagadoras, produtora de fertilizan-
tes e frigoríficos), além de haver grande ab-
sorção por termelétrica já existente.
OprofessorMoisés Souzadestaca, por fim,
comomais umgrande fator de incremento na
instalação de áreas de eucalipto, a implanta-
ção cada vez maior de sistemas agroflores-
tais na matriz produtiva da região. Seguin-
do recomendações ambientais, a chamada
Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF)
vem ganhandomais espaço no Oeste baiano,
conforme já verifica o consultor. Em seu en-
tender, isso deverá representar forte apoio à
expansão dos plantios florestais e, assim, re-
tomar o crescimento de área plantada de eu-
calipto, que nos últimos períodos produtivos
ainda gerou valores na faixa de R$ 500 mi-
lhões anuais, fazendo girar mais uma signifi-
cativa renda na economia regional.
Silvio Ávila
Fonte:
Aiba
a produção florestal
forest production
Últimos números da situação do eucalipto na região
Safra Área (ha)
Produtividade (m
3
/ha)
Produção (m
3
)
2015/16
60.000
200
12.000.000
2016/17
50.000
200
10.000.000
45
Aposta
ara o alto