Oagro
na base
A regiãoOeste da Bahia
temno agronegócio o
maior gerador de renda e
empregos, propiciando as
condições basilares para
seu desenvolvimento
O Oeste do Estado da Bahia forjou o seu desenvolvi-
mento nos últimos tempos com base na implantação e
no incremento do moderno agronegócio em lavouras de
grandes extensões surgidas ao longo das áreas de cerrado
na região. Os dados da presente década continuam a rea-
firmar o papel preponderante do setor na geração de em-
pregos, renda e tributos para continuar a desenvolver as
comunidades ali inseridas, requerendo, por isso mesmo,
toda sua valorização e atenção para manter as condições
de permanente, sólida e abrangente expansão.
Os municípios da região que se destacam no agrone-
gócio são, por coincidência, os que apresentam os núme-
ros mais representativos em Produto Interno Bruto (PIB)
e, por consequência, em arrecadação
tributária. As informações municipais
mais recentes sobre o PIB, do Institu-
to Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE), relativos a 2014, mostram cres-
cimento regional expressivo na compa-
ração com o ano de 2010, atingindo ín-
dice na ordem de 93% no Oeste baiano
e valor acima de R$ 18 bilhões. Enquan-
to isso, com dados de 2017, a popula-
ção aumentou 12%, ultrapassando ummilhão de habitan-
tes em 39 municípios.
Os cinco principais municípios do Oeste em PIB atin-
gem sozinhos mais de R$ 12 bilhões, com destaque para
Luís Eduardo Magalhães, que é denominado de Capital
do Agronegócio, apresenta investimentos agroindustriais
e assumiu a ponta na geração da riqueza regional. Mes-
mo não sendo o maior em população, o município mos-
tra tambémneste quesito omaior crescimento (39% entre
2010 e 2017, chegando já a 83 mil habitantes), enquan-
to o mais populoso, Barreiras, o grande centro regional,
com 157 mil habitantes, da mesma forma revela evolução
substancial na renda, com base na produção agrícola.
Já o índice evolutivo mais significativo no Produto Inter-
no Bruto ocorreu em São Desidério, com 161% entre 2010 e
2014, ao mesmo tempo em que a população teve acréscimo
maior do que o normal na região, atingindo 22% no período
estendido até 2017. O município registra ainda o maior PIB
per capita
em 2014, na ordem de R$ 78 mil. Formosa do Rio
Preto e Correntina, tambémda área do cerrado baiano, ainda
figuram entre os cinco mais expressivos no PIB regional, en-
quantoos 10maiores incluemRiachãodasNeves eJaborandi,
comcerrado e agricultura empresarial, alémde BomJesus da
Lapa, Santa Maria da Vitória e Barra, da área dos vales, com
maior ênfase para agricultura familiar e pecuária.
Maior empregador
Informações levantadas junto à Aiba
dão conta de que o agronegócio tambémé
omaior empregador da região. Para cada
emprego gerado no campo, outros dois
são proporcionados na cadeia produtiva,
ampliando de forma significativa a
abrangência do segmento na oferta de
mercado de trabalho. A organização dos
produtores calcula que a atividade responde
pormais de 60mil empregos diretos e
indiretos noOeste da Bahia, o que vem
a beneficiar ao redor de 240mil pessoas,
identificando assima vasta repercussão
econômica e social que o segmento
produtivo propiciou e continua a construir
no desenvolvimento regional, comreflexos
positivos emtodo o Estado e inclusive no País.
Municípios
destaquesno
setorgarantema
maiorarrecadação
tributária
Por outro lado, os maiores municípios em renda na re-
gião tambémgerarammais tributos para aplicação por par-
te da área pública. Conforme números pesquisados pela
Associação de Agricultores e Irrigantes da Bahia (Aiba) en-
tre 2000 e 2015, Formosa do Rio Preto e Correntina aumen-
taram a arrecadação de Imposto sobre Circulação de Mer-
cadorias e Serviços (ICMS), e outros, em níveis superiores a
650%, Luís Eduardo Magalhães na faixa de 550% e São De-
sidério e Barreiras acima de 200%, além de incrementarem
o Fundo de Participação dos Municípios (FPM).
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