Silvio Ávila
49
Melhorias
no rebanho
Números da pecuária do
Oeste baianomantêm-se
estáveis, mas associação
dos criadores enfatiza
avanços na genética
e no confinamento
A pecuária, que tem tradição em criações e estrutura de
beneficiamento no Oeste da Bahia, nos vales e no cerrado,
vem buscando constantes melhorias para permitir a susten-
tabilidade da produção. Com base zebuína e realização de
cruzamentos, o rebanho total de bovinos da região é estima-
do em cerca de 2 milhões de cabeças. Este número mante-
ve-se estável entre 2016 e 2017, de acordo com Stefan Zem-
brod, presidente da Associação dos Criadores de Gado do
Oeste da Bahia (Acrioeste), que, no entanto, observa acrésci-
mo no setor de confinamento, onde exercem influência pre-
ços mais acessíveis de produtos da ração animal.
Os criadores da região vêm adotado
várias medidas para atingir constantes
melhorias na atividade, em meio a mui-
tos desafios que têm se apresentado,
como estiagens e custos. O dirigente da
associação do setor aponta aspectos que
recebem atenção cada vez maior e auxi-
liam no desenvolvimento da pecuária re-
gional. Stefan acredita que “as novas tecnologias, a capaci-
tação e a profissionalização na gestão das fazendas têm se
refletido nomelhoramento genético do rebanho”.
A entidade reforça a importância de “linhas de crédito es-
pecíficas para o setor pecuário, disponibilizadas pelas insti-
tuições financeiras, com encargos e prazos adequados à ati-
vidade, que ajudam a desenvolver os rebanhos, produzir
mais e gerar novos empregos”. Menciona que o crédito foca
os ítens necessários ao desenvolvimento da bovinocultura,
desde aquisição de reprodutores bovinos puros e de matri-
zes puras ou mestiças, construção, reforma e ampliação de
benfeitorias, formação de pastagens, compra de máquinas,
equipamentos e veículos, até capacitação, pesquisa, consul-
toria, projetos, assessoria empresarial e técnica, estudos de
impacto ambiental e outros pontos.
Desta forma, o líder do segmento crê na manutenção e
na realização futura de investimentos, permitindo constan-
te evolução na atividade e gerando perspectivas positivas
para a pecuária do Oeste da Bahia. Nomesmo sentido, base-
ado ainda em informações apresentadas pelos institutos de
meteorologia, Zembrodmanifesta expectativa de que para o
novo ano agrícola, de 2017 a 2018, o clima se apresente favo-
rável ao adequado desenvolvimento do agronegócio como
um todo, e demodo especial para a pecuária.
Lugar para as aves
Alémdo gado, onde o escritório regional
da Agência de Defesa Agropecuária da Bahia
(Adab), na cidade de Barreiras, registra o
cadastro de 945mil animais em2017, a
avicultura vemencontrandomaior espaço
na região. De acordo com informações
do coordenador da unidade, Pedro José
CustódioNeto, no ano emreferência oito
granjas avícolas estavamcadastradas (seis em
Barreiras e duas emLuís EduardoMagalhães,
sendo cinco de corte e três de postura), além
de 197 galpões de criação e duas integradoras
nestesmunicípios, envolvendo 373 pessoas.
A capacidade de alojamento das oito granjas
atingia 5,2milhões de aves.
Criaçãodebovinos
soma emtorno
de 2milhõesde
animaisnaregião