Revista AgroBrasil 2017-2018 - page 45

crescimento até certo ponto robusto. Evi-
dentemente, isso é importante para a eco-
nomia, em especial onde há grande con-
centração de produtores”, pondera. Para
2018, o Ibraflor mantém a expectativa de
crescimento de 8% a 10%, com consumo
per capita
estimado emR$ 26,50.
“A crise entre 2014 e 2017, que é fruto
de uma combinação de choques de ofer-
ta e demanda, resultante de erros de políti-
ca econômica, já inverteu a curva. O cami-
nho ainda é longo, mas a saída da recessão
já começou”, avalia. A entidade reconhe-
ce que nos próximos dois ou três anos a
economia ainda vai estar abaixo do ne-
cessário. Por isso, os produtores adotam
medidas visando a redução de custos. Ao
mesmo tempo, não pretendem expandir a
produção nomomento.
Schoenmaker menciona a avaliação
positiva do Ministério da Agricultura, Pe-
cuária e Abastecimento (Mapa) à solicita-
ção dos registros de defensivos para flores
e plantas ornamentais. “Há cerca de três
anos, entramos com a solicitação de mu-
dança na forma de fazer os registros, para
que fossem efetuados por alvo e não mais
por espécie, uma vez que temos mais de
2.500 espécies em produção”, justifica. Em
2017, foi aprovadooagrupamento “flores e
plantas ornamentais”, que irá para consul-
ta pública e, em seguida, para publicação
no Diário Oficial da União.
l
EMBARQUES TÍMIDOS
Omercadomundial de flores e plantas ornamentais, consideran-
do-se toda a produção e o consumo dos países, é avaliado emmais
de US$ 70 bilhões anuais. Desse total, a parcela representada pelo
fluxo de comércio entre produtores e consumidores vemexperimen-
tando, ainda que com oscilações periódicas entre exportações e im-
portações, uma expansão continuada com as importações e uma
brusca redução das exportações. “O Brasil está apenas exportando
mudas e bulbos. O envio de flores cortadas para o exterior pratica-
mente parou há uns seis anos devido aos altos custos, ao cambio
desfavorável e, principalmente, aomercado interno aquecido”, expli-
ca o presidente do Ibraflor, Kees Schoenmaker.
Com o enfraquecimento do real, a importação de mudas, bulbos
e sementes,material básicopara aprodução, ficoumuito cara, levan-
do à redução também das importações. A projeção é de que o valor
real das exportações para 2017 pode fechar entre US$ 10,00 e US$
10,30, registrando queda expressiva de 22%em relação a 2016. O co-
mércio mundial da floricultura é dominado há muitos anos pela Ho-
landa, com 55% do total das vendas. Em seguida vem a Colômbia,
com10,3%das exportações globais da floricultura.
SEMMURCHAR •
NOWILTING
Faturamentoe crescimento (nível de
consumidor) dosetorde flores
e plantasornamentaisnoBrasil
Ano Faturamento Crescimento
2012
R$ 4,8 bi
16%
2013
R$ 5,2 bi
12%
2014
R$ 5,7 bi
10,4%
2015
R$ 6,2 bi
8%
2016
R$ 6,7 bi
8%
2017
R$ 7,3 bi
8%
Fonte: Ibraflor.
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1...,35,36,37,38,39,40,41,42,43,44 46,47,48,49,50,51,52,53,54,55,...92
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