O nível mais alto do consumo
per capi-
ta
de carne suína no Brasil, conforme le-
vantamento da Associação Brasileira de
Proteína Animal (ABPA) desde 2000, foi
alcançado em 2015, com 15,1 quilos por
habitante no ano. Houve acréscimo na
ordem de 2,7% sobre o ano anterior, en-
quanto até então o índice mais elevado ha-
via sido atingido em 2011 e 2012, com 14,9
kg/h/a. Uma das razões citadas para o incre-
mento são ações de marketing do produto
desenvolvidas pelo setor, tendo à frente a
Associação Brasileira dos Criadores de Suí-
nos (ABCS), com parceiros e filiados.
Semanas da Carne Suína em grande
rede de varejo no Sudeste, no Centro-Oes-
te e no Nordeste do País, Festival do Su-
Consumidor brasileiro
aumentou a procura
por carne suína em
2015 e deve manter a
demanda ainda alta
em 2016, mesmo com a
crise econômica
sabor
Fisgado pelo
íno no Ponto junto a 40 restaurantes em
São Paulo, integração de
chefs
renomados,
e
site
são al-
gumas das iniciativas empreendidas pelo
segmento para este fim. Elas enfatizam a
grande variedade de cortes, a praticidade,
a saudabilidade e o sabor da proteína mais
consumida no mundo, informa Nilo de Sá,
diretor executivo da ABCS.
Graças às campanhas, o maior conheci-
mento por parte da população das vanta-
gens da carne suína está contribuindo para
o crescimento do consumo, verifica Rena-
to Simplício Lopes, presidente da Comissão
Nacional de Aves e Suínos da Confederação
da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA).
“Acredita-se que aos poucos o produto irá
ganha maior espaço nas preferências do
consumidor brasileiro, de modo especial
em regiões onde o setor ainda é fragmen-
tado, como no Nordeste e no Norte”, diz.
Em 2016, o consumo deve sentir algum
impacto da crise econômica e do desempre-
go registrados no País, na opinião de Rui
Vargas, vice-presidente de suínos da Asso-
ciação Brasileira de Proteína Animal (ABPA),
como também verifica Valdecir Folador, pre-
sidente da Associação de Criadores de Suí-
nos do Rio Grande do Sul (Acsurs) e conse-
lheiro de relações de mercado da ABCS. No
início de novembro, Vargas disse que havia
sido sentida retração no ano, embora ainda
se esperasse a tradicional reação nas com-
pras do produto no final do período.
Já o diretor executivo da ABCS conside-
rava que, apesar da recessão econômica e
da ampliação havida nas exportações, a de-
manda interna da carne suína ainda mos-
trou força, corroborada pela própria ma-
nutenção do preço em nível razoável. Em
seu entender, o número
per capita
pode-
ria ficar em nível semelhante ao atingido
no ano anterior. Além disso, para 2016,
Nilo de Sá demonstrava expectativa de que
os sinais de recuperação da economia e,
em consequência, do emprego e da renda,
deverão auxiliar na consolidação do cresci-
mento da demanda.
Inor Ag. Assmann
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