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Rendimento
A cafeicultura nacional obteve produtividade recorde em 2016. Considerando os
dois tipos, o rendimentomédio totalizou 26,33 sacas de café por hectare, 17,1% aci-
ma do obtido em 2015. A maior marca tinha sido a de 24,8 sacas por hectare em
2012. Com exceção dos estados de Rondônia, Bahia, Espírito Santo e Paraná, todos
os demais apresentaramaumento na produtividade. Esse ganho resultou das condi-
ções climáticas favoráveis nas principais regiões produtoras de arábica, aliadas ao ci-
clo de bienalidade alta. Osmaiores acréscimos foramverificados emSão Paulo, com
46,7%; Mato Grosso, com39,4%; e Minas Gerais, com32,2%.
Para especialistas, o avanço da produtividade do café deve-se às boas práticas
de gestão da atividade e às novas tecnologias geradas pelas instituições de pesqui-
sa, ensino e extensão. As mesmas foram usadas pelos produtores das diferentes re-
giões. Essas práticas melhoraram a qualidade do produto e contribuíram para dimi-
nuir a diferença dos rendimentos entre os ciclos positivo e negativo da planta.
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Lavoura imensa
Os cafezais brasileiros cobriamárea total de 2,223milhões de hectares em2016, com recuo de 1,1%em relação ao espaço do ano
anterior, conforme a Conab. Eles se dividiamem1,95milhão de hectares (87,7%) emprodução e 272,786mil hectares (12,3%) em for-
mação. A área comarábica era de 1,759milhão de hectares, ou 79,13%de todo o plantio de café. Minas Gerais concentrava 1,184mi-
lhão de hectares, 67,3%da área total de arábica. A lavoura de conilon totalizava 463.734 hectares, com retração de 3,7%. Desse total,
424.773hectaresestavamemproduçãoe39.011hectaresemformação.OEstadodoEspíritoSantoapresentava amaior lavoura, com
286.371 hectares, seguido de Rondônia, com94.561 hectares, e logo após vinha a Bahia, com48.614 hectares.
A
cafeicultura brasileira regis-
trou sua maior produção em
2016, embora o ano tenha
sido de quebra para a safra
de café conilon, ou robusta.
As duas espécies (arábica e conilon) ren-
deram 51,369 milhões de sacas de café de
60 quilos beneficiado. O volume superou
em 18,8% o total de 43,235 milhões de sa-
cas produzidas em 2015, de acordo com
a Companhia Nacional de Abastecimen-
to (Conab), em dezembro de 2016. Até en-
tão, o maior resultado, de 50,8 milhões de
sacas, havia sido obtido em2012. Perante o
mundo, oBrasil é omaior produtor e expor-
tador de café. Eos brasileiros são igualmen-
te o segundomaior consumidor.
Ocaféarábica,alémdeseraespéciemais
produzida no País, também contribuiu para
compensaraquedadasafradeconilon.Aco-
lheita de arábica foi de 43,38 milhões de sa-
cas em 2016, com acréscimo de 35,4% em
relação ao volume do ano anterior. Nos dois
anos anteriores, as colheitas foram prejudi-
cadas pelas secas de 2013 e 2014. A varieda-
de representou 84,4% da produção total de
café. Apartede conilon foi de15,6%.
Segundo a Conab, além de 2016 ter sido
um ano de bienalidade positiva para o café
arábica, o resultado maior também foi in-
Amaiorde
todas
Produtividade média atingiu máximo de 26,33 sacas de café por hectare
em 2015. Conforme a Conab, a redução foi
provocada pela diminuição de 4% da área
em produção e, sobretudo, pela seca e pela
mádistribuiçãodechuvaspor doisanos con-
secutivos nos estádios de florescimento, for-
mação e enchimento de grãos no Espírito
Santo,maior Estadoprodutor de conilon.
Também ocorreram estiagens nas fases
críticas das lavouras nos estados de Ron-
dônia e Bahia, que responderam pela se-
gunda e terceiramaior oferta de conilon. Os
técnicos da Conab destacaram que a entra-
da emprodução de novas áreas de café clo-
nal, com rendimento superior ao das áreas
tradicionais, amenizou a queda de produti-
vidade em Rondônia. Os principais estados
produtores de conilon, Espírito Santo, Ron-
dôniaeBahia,somaramcercade94%doto-
tal eapresentaramreduçõesde26,4%, 5,6%
e 46,4%, respectivamente.
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Brasilcolheurecordede51,369milhõesde
sacasdecaféem2016,equacionandoaumento
de35,4%noarábicaequedade28,6%noconilon
fluenciado pelo aumento de 46,144 mil hec-
tares da área emprodução, epela incorpora-
ção de novas áreas que se encontravam em
formação e renovação decorrente de podas
realizadas, em especial esqueletamentos. A
cultura ainda foi favorecida pelas condições
climáticas adequadas. Alémdisso, amelhora
das cotações nos anos de 2014 e 2015 impul-
sionouos investimentosnos cafezais.
No entanto, 2016 foi amargo para os pro-
dutoresdecaféconilon,queregistraramque-
dasignificativanaprodução.Ovolumedaes-
pécie totalizou 7,98 milhões de sacas de 60
quilos, resultado 28,6% inferior ao ofertado
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