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Monitorada
A Conab acompanha a safra brasileira de café desde 2001. As informações são
fornecidas por produtores, cooperativas e agentes envolvidos na cafeicultura.
Quatro estimativas são divulgadas ao longo do ano, a primeira em janeiro, a se-
gunda emmaio, a terceira em setembro e a última em dezembro. Com exceção da
última, todas as demais se referem às informações obtidas no mês que antecede o
da divulgação. Em dezembro, quando são buscadas as informações, o cafezal en-
contra-se no período pós-florada, um dos mais importantes para a cultura. Nessa
época, o clima favorável e as boas práticas agrícolas garantem a boa uniformidade
e a qualidade dos grãos. Nos demais meses monitorados transcorre a colheita, que
vai de março a outubro, mas se concentra entre maio e agosto.
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Década futura
As próximas safras brasileiras de café devem ser superiores à de 2017, conforme
o estudo “Outlook Fiesp 2026 – Projeções para o Agronegócio Brasileiro”, divulgado
pela Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp). De 2016 a 2026, a pro-
dução brasileira de café deve crescer 26%, chegando a 62,4 milhões de sacas no úl-
timo ano da década. Em contrapartida, a área plantada, situada em 2 milhões de
hectares, teria recuo de 1%. O acréscimo em volume viria do incremento de 28% na
produtividade, que ultrapassaria amédia de 30 sacas de café por hectare. Damesma
maneira, no intervalo em foco, o consumo brasileiro aumentaria para quase 25 mi-
lhões de sacas de café, equivalendo a acréscimo de 20%. As exportações chegariam
a 45milhões de sacas, representando avanço de 30%.
dutividade média está estimada entre
19,56 e 22,49 sacas por hectare, indicando
recuperação em relação à média do ano
anterior. O Estado produziu 9,95 milhões
de sacas em 2014.
A produtividade média de arábica e
conilon está estimada entre 23,02 e 25,05
sacas por hectare em 2017, equivalendo a
redução de 12,6% a 4,9%. A queda deve
ocorrer em quase todas as principais regi-
ões produtoras, menos nos estados e nas
regiões onde predomina o cultivo de co-
nilon, em função da previsão de melho-
res condições climáticas. Na Zona da Mata
mineira e no Paraná, a bienalidade é po-
sitiva para o arábica, o que se refletirá em
médias superiores.
Entreos anosde2001e2013, adiferença
entre as produtividades de ciclo positivo e
negativo têm diminuído, devido ao melhor
manejo e ao pacote tecnológico elevado.
O ciclo bienal é, portanto, característica do
cafeeiro. Porém, uma adversidade climáti-
ca pode alterar o ciclo bienal, como ocorreu
em 2014, em que, apesar de ter sido positi-
vo, a forte seca fez comque a produtividade
fosse inferior à ano do anterior.
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Área cultivada e produção brasileira de café — Safras 2016/17 e 2017/18
CAFEZAIS
coffee fields
EstaDOS
Área em produção (ha)
Produção (mil sacas)
2016
2017
% 2016
2017*
inferior superior
Rondônia
87.657,0
87.657,0
— 1.626,9
1.870,0
1.985,7
Amazonas
429,4
429,4
—
6,0
6,7
6,7
Pará
613,0
400,0 -34,7
9,1
11,3
11,3
Bahia
149.753,0
155.466,0 3,8
2.093,3
2.979,2
3.139,0
Cerrado
11.328,0
9.670,0 -14,6
345,6
338,5
338,5
Planalto
92.533,0
92.558,0
—
921,6
990,4
990,4
Atlântico
45.892,0
53.238,0 16,0
826,1
1.650,3
1.810,1
Mato Grosso
14.193,0
13.318 -6,2
125,4
165,6
174,1
Goiás
5.626,6
5.468,8 -2,8
226,8
199,0
207,2
Minas Gerais
1.009.481,0
977.444,0 -3,2
30.724,1
25.397,0 26.814,2
Sul e Centro-Oeste
524.220,0
493.981,0 -5,8
16.627,7
13.073,1 13.8026
Triângulo, Alto Paranaíba e Noroeste
183.076,0 169.2015,0 -7,6
7.401,6
4.436,6
4.684,2
Zona da Mata, Rio Doce e Central
269.593,0
281.914,0 4,6
6.081,9
7.258,8
7.663,9
Norte, Jequitinhonha e Mucuri
32.592,0
32.334,0 -0,8
612,9
628,5
663,5
Espírito Santo
410.057,0
385.538,0 -6,0
8.967,4
7.344,0
8.426,0
Rio de Janeiro
13.022,0
13.062,0 0,3
347,4
340,3
357,7
São Paulo
201.235,0
202.303,0 0,5
6.031,0
4.046,0
4.996,9
Paraná
46.160,0
46.240,0 0,2
1.047,0
1.200,0
1.300,0
Outros
12.450,6
9.049,0 -27,3
164,8
91,0
91,0
Total
1.950.677,6 1.896.375,2 -2,8
51.369,2
43.650,1 47.509,8
Fonte:
Conab, * Estimativa de janeiro de 2017.
