A sanidade do rebanho é um diferen-
cial que vem abrindo maior participação
em mercados especiais, caso do Japão,
dos Estados Unidos, da União Europeia e
até mesmo do mundo árabe. Esse poten-
cial dá sustentação aos investimentos da
cadeia produtiva, uma vez que não é fá-
cil atender às exigências de quantidade e
de qualidade, dentro dos rígidos padrões
e dos protocolos internacionais de certifi-
cação, rastreabilidade e sanidade.
Apesar disso, as lideranças setoriais
consideram que é preciso investir mais
no enfoque da qualidade junto aos clien-
tes, pois em âmbito mundial a fama que
o Brasil carrega é a de ser um grande pro-
dutor em quantidade. “Precisamos avançar
nos nichos de mercado de qualidade, que
remuneram melhor”, explica Antonio de
Salvo, presidente da Comissão Nacional
de Pecuária de Corte da Confederação da
Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). En-
tre 2000 e 2014, as exportações de carne
bovina brasileira cresceram 737%, de US$
779 milhões para US$ 6,4 bilhões. O País
vende carne in natura para 151 nações e
industrializada para outras 105, números
que devem crescer.
As negociações internacionais são
constantes e vêm dando resultado, como
mostram as cifras e a mudança do perfil
de clientes. Até 2007, o maior importador
era a União Europeia, superada pela Rús-
sia até 2012. Depois, Hong Kong superou
a União Europeia e a Rússia e, agora, a Chi-
na vem superando Hong Kong.
Desafios não
faltam, mas o
País conhece
seu potencial de
crescimento
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