Anuário Brasileiro do Gado de Corte 2016 - page 15

A informação é corroborada pela Scot
Consultoria, de São Paulo. Conforme o di-
retor da empresa, Alcides Torres, a dispo-
nibilidade de área será reduzida em 12,3%
até 2030 no Brasil. “A pecuária brasileira se
transformará de forma gradual nos próxi-
mos 10 anos, ampliando sobremaneira o
uso de grãos na alimentação do gado bo-
vino”, explica.
Já na avaliação do Rabobank, banco
holandês que está entre os maiores fi-
nanciadores do agronegócio mun-
dial, em 2024, 40% da produção de
carne bovina brasileira será baseada em al-
gum tipo de sistema intensivo, ou seja, com
grãos na alimentação do animal. “Atualmen-
te, cerca de 10% do gado abatido no Brasil
é engordado no sistema intensivo dos con-
finamentos, com dieta baseada em farelo de
soja e milho", frisa Malafaia. "Em geral, os
confinamentos são utilizados no País para
complementar a oferta de bois no período
da entressafra, quando as pastagens
têm qualidade inferior”.
O principal diferencial do
uso de grãos na alimentação
de bovinos é a possibilidade de antecipar
a idade média de abate e aumentar o peso
médio do animal. Esses elementos mostram
que deve avançar a escala de sistemas inte-
grados, como a Integração Lavoura-Pecuá-
ria (ILP) ou modelos que integrem também
florestas, nos próximos anos no País. Essas
tecnologias são consideradas muito positi-
vas, na medida em que reduzem a emissão
de gases do efeito estufa pela bovinocultu-
ra, ampliam a produção de grãos, recupe-
ram áreas degradadas e ainda geram outras
melhorias ao meio ambiente.
Inor Ag. Assmann
13
Hoje, o País já responde
por
17
% da produção
total de carne bovina
1...,5,6,7,8,9,10,11,12,13,14 16,17,18,19,20,21,22,23,24,25,...35
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