Anuário Brasileiro da Maçã 2017 - page 50

Sistemas informatizados de avisos
implantadosemáreasprodutorassãoimportantes
pontosdeapoioparaocontrolededoençasnasmacieiras
escapa
Nada
Inor Ag. Assmann
D
esde a década de 1980, os
pomicultores contam com
sistemas de alerta para en-
vio de avisos da necessidade
ou não de se fazer o controle
daspragasedoençasnospomares.Osdados
sãocoletadosemestaçõesmeteorológicase,
com o uso de modelos matemáticos epide-
miológicos, são processados a fimde prever
a ocorrência de períodos favoráveis à infec-
ção de fungos, bem como a severidade esti-
mada e a data provável para aparecerem os
sintomas. Técnicosdosetor destacamque se
tratade alternativa sustentável, pois auxiliao
produtor na tomadadedecisãoeminimizao
usodeprodutosquímicos.
No sistema pioneiro desenvolvido pela
Companhia Integrada de Desenvolvimento
Agrícola de Santa Catarina (Cidasc), na déca-
dade1980,osavisoschegavamimpressosàs
empresas e eramcomunicados via rádio aos
pequenos produtores, lembra o engenhei-
ro agrônomo Albino Bongiolo, daquele Esta-
do. Mas, hoje, com os avanços tecnológicos,
os produtores sãoalertados de forma instan-
tânea,pormeiodeseuscelulares.Provenien-
tes de diferentes instituições de pesquisa e
extensão, os sistemas de monitoramento e
alerta também evoluíram com a inclusão de
novosmodelosdeprevisãodedoenças.
Um deles, surgido há seis anos, é o “Sis-
tema de Alerta Mosca-das-Frutas” (https://
, coor-
denado por Dori Edson Nava, pesquisador
da Embrapa Clima Temperado, de Pelotas
(RS). Ganhará reforço no segundo semes-
tre de 2017, comampliação para a região da
Serra Gaúcha e dos Campos de Cima da Ser-
ra, emparceria coma Embrapa Uva e Vinho.
Para Adalécio Kovaleski, pesquisador desta
unidade, que desde os anos 80 atua em di-
ferentes sistemas de prevenção e lembra tra-
balho feito então coma Emater/RS, a iniciati-
va é fundamental, “pois o manejo integrado
de pragas e doenças numa visão macro, en-
volvendo aspectos climáticos e de monito-
ramento regional, trazmelhores resultados”.
Exemplo em destaque, há mais tem-
po, é o Agroalerta, um radar meteorológico
instalado no meio-oeste catarinense des-
de 1989, para antecipar a detecção de gra-
nizo e diminuir seu impacto com lançamen-
to de produto dispersor nas nuvens, além
de promover a ampliação de investimen-
tos em cobertura dos pomares. Desenvolvi-
do pela Empresa de Pesquisa Agropecuária
e Extensão Rural de Santa Catarina (Epagri),
com apoio de outras instituições, o progra-
ma de prevenção atual está disponível onli-
ne (
).
Nele é estimado o início ou o desenvolvi-
mento futurodedoençasdamacieira, apartir
deinformaçõessobreoambiente,ohospedei-
ro (planta de maçã) e os patógenos (esporos
dos fungos presentes nos pomares), explica
Leonardo Araújo, pesquisador e doutor em fi-
topatologia da Epagri em São Joaquim (SC).
Pesquisadores acentuam que essas tecnolo-
gias vêm ao encontro da exigência cada vez
maior da sociedade relacionada à produção
defrutasdentrodenovosrequisitosdemerca-
do, comomaior segurança alimentar, susten-
tabilidadeambientalecuidadoscomasaúde,
semcontarasvantagensemracionalizarouso
dedefensivosediminuir custos.
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