Mudanças culturais, alterações em hábitos das pessoas e novas tendências,
bem como campanhas de restrição ao consumo, afetaram negativamente a pro-
dução e omercado do chamado tabaco emcorda e desfiado. Certo? Errado. Com-
pletamente errado. Esse setor, tradicional emquase todo o Brasil, apoiado no cul-
tivo de espécies de folhas escuras, próprias para a elaboração das “cordas” e para
o produto picado, não só resiste como cresce nos dias atuais. É o que revelamem-
emalta
Fumo em corda, picado e desfiado, palheiro, charuto
e inúmeros outros produtos seguem aí. E o segmento
cresce e se fortalece, em plena recessão.
Opito
presas de diferentes regiões, inclusive em gran-
des centros urbanos do Sudeste. Pitar, apreciar
um palheiro, não é coisa do passado. É coisa do
presente e, muito provavelmente, do futuro, por
mais tecnológico que este venha a ser.
“Conseguimos manter incremento de 17%
na produção no último ano e, mais ainda,
35%, em média, em nossa unidade de distri-
buição nos últimos anos”, revela Tiago Roque
Pinheiro, diretor geral da empresa Arapiraca,
com sede em Bebedouro, na região de Ribei-
rão Preto, há quase 400 quilômetros da capi-
tal de São Paulo. São números de impacto,
em plena época de recessão. “Crise? Que cri-
se?”, brinca. Com33 anos nomercado, a Arapi-
raca foi criada pelo pai de Tiago, João Roque
Pinheiro, em parceria com Antônio Laércio
Zaneratto, e volta-se exclusivamente aos ta-
bacos, em corda e picado ou desfiado, entre
Inor Ag. Assmann
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