Anuário Brasileiro do Arroz 2017 - page 41

n
n
n
Viva méxico
Há dois anos o Brasil vem se esfor-
çandopara garantir umacordo comercial
que assegure exportações para o México,
mercadode grande interesse. As relações
estremecidas entre mexicanos e norte-
-americanos pelos posicionamentos do
presidente Donald Trump podem favore-
cer o ingresso do cereal brasileiro em ter-
ritório da América do Norte. No entanto,
há problemas. Enquanto o Paraguai le-
vou três meses para aprovar o acordo de
exportação, o processo brasileiro emper-
rou há dois anos. Novidades são espera-
das ainda no primeiro semestre de 2017.
n
n
n
Clientes x fornecedores
Dos 63 destinos do arroz brasileirono ciclo 2016/17, destacam-se Senegal (quebrados), Peru, Venezuela, Nicarágua (branco, par-
boilizado e casca), Gâmbia (quebrados) e Estados Unidos (branco). Entre os 16 fornecedores do grão para o Brasil salientam-se Pa-
raguai (50%), Uruguai (21%), e Argentina (20%), todos exportadores de arroz branco e emcasca; Guiana (casca) e Itália (arbório), en-
tre outros países fornecedores de variedades aromáticas, coloridas, de grão curto, selvagemetc.
Frantz. “Nogeral, tivemosumadécada favo-
rável no mercado externo e com uma boa
influência sobre os preços internos”, refere.
“O setor agora trabalha no sentido de con-
solidar uma estrutura e abrir mercados que
mantenham as exportações num patamar
de pelo menos um milhão de toneladas. É
um grande desafio, mas a cadeia produtiva
está acostumada a grandes desafios”.
Conforme ele, em 2016 criou-se uma ja-
nelade comercializaçãonoprimeiro semes-
tre por causa dos preços baixos locais e da
entressafra dos Estados Unidos, que com-
pete com o arroz brasileiro nas Américas.
“Mantivemos boa participação na venda de
quebrados para aÁfrica, segmentoquehoje
perde volume pela queda de preços e pelo
aumento da oferta na Ásia”, explica Pércio
Grecco, diretor da exportadora Rice Brazil.
Na avaliaçãodeGrecco, oBrasil precisa evo-
luir em qualidade logística, desburocratizar
os processos e o impacto de tributos, bem
como formalizar acordos comerciais e sani-
tários com outros países. “Mas, se tiver pre-
ço, compradores não faltam”, resume.
Para ele, o Brasil deverá retomar ven-
das mais efetivas a partir do final de abril
de 2017, aproveitando a entressafra norte-
-americana e cotações internasmais baixas.
Em geral, os agentes de mercado apostam
emnovo déficit na balança comercial brasi-
leira no ano comercial 2017/18.
Em ano atípico, safra 2016/17 fechou com déficit na balança comercial
Inor Ag. Assmann
37
Fonte:
Conab,Secex/MDIC, Irga
Elaboração:
AgroDados.
Balança comercial do arroz
IDAS E VINDAS
COMING AND GOING
Ano/Safra Exportação Importação
Saldo
2010/11
2.089,6
825,4 1.264,2
2011/12
1.455,2
1.068,0
387,2
2012/13
1.210,7
965,5
245,2
2013/14
1.188,4
807,2
381,2
2014/15
1.362,1
503,3
858,8
2015/16
894,7
1.187,4 - 292,7
2016/17*
1.100,0
1.100,0
Total
9.300,7
6.456,8 2,843,9
1...,31,32,33,34,35,36,37,38,39,40 42,43,44,45,46,47,48,49,50,51,...112
Powered by FlippingBook