Anuário Brasileiro de Citros 2016 - page 17

15
paladar mais natural, e ao gosto do con-
sumidor”, observa Ibiapaba Netto, diretor-
-executivo da Associação Nacional dos Ex-
portadores de Sucos Cítricos (CitrusBR).
A queda nas vendas totais, ainda se-
gundo o dirigente, ocorreu em especial
devido a recuos (19% em volume e 27%
em receita) nas importações do mercado
norte-americano, o segundo maior para
o produto brasileiro. A explicação estaria
na antecipação de envios ocorrida na tem-
porada anterior, por temores em relação
à oferta, com menor produção na região
da Flórida, mas a demanda não correspon-
deu. Em compensação, houve aumento
(2%) nas remessas para a União Europeia
(UE), o maior comprador, por conta de ve-
rão com altas temperaturas e possível re-
composição de estoques.
Para a nova safra, ainda no seu início,
Ibiapaba considera haver potencial para
os embarques voltarem a um ritmo mais
regular aos Estados Unidos e, se a UE
mantiver as operações, vê possibilidade
de os volumes se aproximarem dos an-
teriores. A demanda externa estimada em
agosto de 2016 (a safra inicia-se em ju-
lho) é de 1,04 milhão de toneladas, ain-
da 3,7% abaixo da anterior. Já para o final
da próxima temporada, os estoques bra-
sileiros poderão atingir o mais mais baixo
nível da história. “Será, sem dúvida, um
período desafiador para que nossas em-
presas mantenham seu ritmo de exporta-
ção ao longo de toda a safra”, comenta o
dirigente da associação do setor.
Inor Ag. Assmann
1...,7,8,9,10,11,12,13,14,15,16 18,19,20,21,22,23,24,25,26,27,...68
Powered by FlippingBook