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Tempos de otimismo
Enquanto isso, País segue mostrando boas condições para continuar atendendo o mundo. O Brasil, assinala Maurício Mendes, do
Grupo de Consultores em Citros (GCONCI) e sócio da Agriplanning Consultoria em Agronegócio, “apresenta a maior capacidade
para atender ao mundo com sucos de qualidade a custos mais competitivos”. Lembra que “País é mais competitivo do que o maior
concorrente, a Flórida, nos Estados Unidos, mesmo que ainda haja impostos de mais de US$ 400,00 por tonelada sobre o suco”,
além de destacar a eficiência nas fazendas a custos mais baixos e melhor tecnologia, estrutura logística e escala na área industrial.
O consultor menciona ainda a potencial influência no consumo da elevação de preços do produto que se verifica em nível
internacional, no momento em que inclusive a demanda cai menos do que a produção. “Se o volume cair a níveis ainda mais baixos,
sobreviverá quem for mais eficiente, que é o caso do Brasil”, afirma, otimista. E conclui: “Vejo o horizonte como muito positivo para
quem for competente e souber produzir com qualidade. O mundo irá tomar mais e mais suco de laranja 100%
made in Brazil
”.
O consumo menor do suco de laranja
é um fenômeno mundial, pela concorrên-
cia com outras bebidas substitutivas, e o se-
tor procura reagir, para garantir e recuperar
espaços. É o produto cítrico mais consumi-
do no mundo e até preserva participação
de cerca de 36% no mercado de sucos. Po-
rém, ocorre redução no volume global e, de
modo particular na mídia europeia, o pro-
duto vinha sofrendo ataques, que interfe-
riam na demanda. Além disso, foi detecta-
da em vários países falta de informações das
gerações mais novas sobre seus benefícios.
Diante disso, organismos do setor li-
deram amplo trabalho de marketing para
Odevido
valor
Campanha nomaior
consumidor de sucode
laranja, a União Europeia,
procura resgatar
e exaltar benefícios
da bebida e assegurar
o seumercado
defesa e promoção do suco de laranja na
Europa, com vistas a “alcança , com base
em informações científicas, a devida va-
lorização do líquido, como uma bebida
saudável e que deve fazer parte do cardá-
pio das pessoas”, salienta Ibiapaba Netto,
diretor-executivo da Associação Nacional
dos Exportadores de Sucos Cítricos (Ci-
trusBR). A entidade encabeça o projeto,
junto com a Associação Europeia de Su-
cos de Frutas (AIJN, na sigla em francês),
e envolve as principais empresas.
“Foram mapeados diversos estudos em
todo o mundo que tratam sobre os benefí-
cios do suco de laranja e dão suporte cien-
tífico para rebater todas as dúvidas a res-
peito”, informa Larissa Popp Abranhão,
diretora de relações internacionais da Ci-
trusBR. O organismo dos exportadores
enfatiza que o material é levado a médi-
cos, nutricionistas e formadores de opi-
nião na Europa, num extenso esforço de
relações públicas, e a expectativa é de
que bons resultados possam ser colhi-
dos no futuro para ampliação do consu-
mo, fundamental para o setor brasileiro,
maior fornecedor mundial.