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A
produção de frutas ganha es-
paço em todos os estados do
Brasil. Porém, alguns se desta-
cam em volume ofertado por
ano. São Paulo segue no alto
do pódio, como o maior produtor nacional.
Os fruticultores paulistas colheram15,69mi-
lhõesdetoneladasdefrutasem2015,confor-
me a pesquisa Produção Agrícola Municipal
(PAM), do Instituto Brasileiro de Geografia
e Estatística (IBGE). A oferta total soma os
volumes das 20 frutas mais produzidas no
País. As espéciesmais colhidas emSão Pau-
lo foram laranja (12,279 milhões de tonela-
das), banana (998mil toneladas), limão (759
mil toneladas), tangerina (356 mil tonela-
das) emelancia (240mil toneladas).
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Perfil exportador
O estados que mais produzem frutas no Brasil não são ne-
cessariamente os que mais exportam. Em 2016, o Ceará foi o
maior exportador em valor de frutas frescas, secas e elabora-
das, alémde nozes e castanhas. As vendas externas dos cearen-
ses totalizaram US$ 207,202 milhões e 162,142 mil toneladas.
O segundo maior resultado foi obtido pelo Rio Grande do Nor-
te, com saldos de US$ 142,814 milhões e 188,663 mil tonela-
das. Em volume, o Rio Grande do Norte foi o grande campeão.
Na sequência, os maiores envios foram de São Paulo (US$
132,169 milhões) e Pernambuco (US$ 121,775milhões).
No início de 2016, uma empresa do Ceará (a Itaueira), con-
siderada a maior exportadora estadual de frutas, instalou-se
no Rio Grande do Norte, em área que pertencia à empresa Del
Monte, em Ipanguaçu, na região do Vale do Açu. Na ocasião,
foi anunciado que seriam investidos R$ 8 milhões somente em
2016 para retomar a produção agrícola da fazenda. Para o ano,
a exportação de frutas foi estimada emUS$ 7milhões, pormeio
de 550 contêineres, via Porto de Natal.
Produção brasileira de frutíferas
é avaliada em cerca de R$ 26,5 bilhões
Pesona
balança
EstadodeSãoPaulo
sobressaicomomaior
produtordefrutas
doBrasil,comoferta
demaisde15milhões
detoneladasdevárias
espéciesem2015
O segundo Estado produtor foi a Bahia,
com 4,905 milhões de toneladas. As princi-
pais espécies da fruticultura baiana são ba-
nana (1,068 milhão de toneladas), laranja
(962mil toneladas) emamão (723mil tone-
ladas).MinasGeraisestána terceiraposição,
com produção de 3,17 milhões de tonela-
das. As principais colheitas foramde laranja
(987mil toneladas), banana (795mil tonela-
das) e abacaxi (657mil toneladas).
A quarta maior oferta de frutas, de
2,718 milhões de toneladas, foi registrada
no Rio Grande do Sul. O gaúchos são gran-
des produtores de uva (876 mil toneladas),
maçã (598 mil toneladas), melancia (364
mil toneladas) e laranja (356 mil tonela-
das). Paraná obteve 1,608 milhão de tone-
ladas, sendo 903 mil toneladas de laranja,
203 mil toneladas de banana e 173 mil to-
neladas de tangerina. Juntos, os cinco es-
tados produziram 28,093 milhões de tone-
ladas de frutas, do total de 40,953 milhões
de toneladas em2015.
O valor de produção dessas 20 espé-
cies e de nozes e castanhas foi avaliado em
R$ 26,5 bilhões em 2015, de acordo com o
PAM/IBGE. A soma aumentou 3,4% em re-
lação à obtida no ano anterior. Mas para
2016 o estimado é que tenha reduzidopara
R$ 22,7 bilhões. A fruticultura gera, emmé-
dia, três empregos por hectare. Omercado
interno consome em torno de 97%do total
de frutas frescas produzidas noPaís. Ocon-
sumo
per capita
é de 57 quilos. No entanto,
o agronegócio brasileiro das frutas temop-
tado pela agroindustrialização para expor-
tar derivados de frutas, gerando maior va-
lor agregado ao longo das cadeias.
A participação de São Paulo foi de
24,9%, ou R$ 6,6 bilhões, sendo represen-
tado, principalmente, pela produção de
laranja (55,5%), banana (11,8%) e limão
(7,6%). A Bahia contribuiu com 11,9%, va-
lor avaliado em R$ 3,2 bilhões, sendo ba-
nana (28%), mamão (17,7%) e coco-da-
-baía (11,2%). Na sequência, Rio Grande
do Sul e Minas Gerais vêm em terceiro e
quarto lugar, com 9% cada, totalizando
cada um em torno de R$ 2,4 bilhões. No
Rio Grande do Sul, as principais culturas
são uva (33,3%), maçã (23,2%) e laranja
(8,4%). EmMinas Gerais, a principal contri-
buição é da banana (35,1%), seguida da la-
ranja (18,3%) e do abacaxi (13,6%).