Pontas: materiais
Cerâmica
1000 horas
Aço Inoxidável
Endurecido
500 horas
Polímero
Plástico
400 horas
150 horas
Aço Inoxidável
Latão
300 horas
Características de Materiais Normalmente Utilizados nas Pontas de Pulverização
Tamanho de gotas e deposição
Tempo de deposição
Diâmetro
Deslocamento lateral
(m)
Tempo para atingir o
solo
05 µm
5400
1,0 hora
33 µm
120
1,5 min.
100 µm
15
11 seg.
200 µm
5,6
4 seg.
500 µm
2,1
2 seg.
Gotas médias
Gotas
grossas
Gotas finas
GOTAS
Peneiras
A cor de cada peneira indica o número de orifícios por
polegada linear. Ou seja, quanto mais orifícios, maior a ca-
pacidade de filtragem.
COR
ORIFÍCIOS/POLEGADA
VERDE
100
AZUL
80
VERMELHA
50
Os trêsproblemas
mais comuns
MANUTENÇÃO
– Muitas vezes os equipamentos são ina-
dequados ou apresentam componentes danificados. “O
manômetro é uma peça fundamental, já que é a pressão
que vai determinar adimensãodagota. Sua calibragemé
imprescindível.Mesmoqueumaparelhonovo tenha cus-
to relativamente baixo, de cerca de R$ 50,00, em aproxi-
madamente 80%a peça está desregulada”, exemplifica o
engenheiroagrônomoElderDal Prá, daEmater-RS/Ascar.
PONTAS
– Muitas vezes elas ainda são impróprias para o
tipodealvoqueoprodutor buscaatingir.
HORÁRIOS
– Aplicação emperíodos errados é muito co-
mum. Os melhores momentos são as primeiras horas da
manhã ou os fins de tarde. Também se deve evitar dias
comtemperaturaalta, umidadebaixaeexcessode vento,
devidoao riscodederivaedeevaporação.
Como evitar a deriva
Quantomais fina for agota,maior o riscodederiva. Ao
mesmotempoemqueumdiâmetromaiorpermitemaior
coberturade superfície, quantomenores forem,mais tem-
po estas partículas ficam suspensas no ar, suscetíveis tan-
to a grandes movimentações quanto à evaporação. Estes
problemas geralmente são ocasionados por fatores como
temperaturaelevada, baixaumidadedoarevelocidadedo
vento. Algumas empresas inclusive já utilizamóleomine-
ral na composição de defensivos para diminuir a taxa de
evaporação e deriva. “Se a aplicação precisa acontecer
numdiadevento, inevitavelmenteseránecessárioqueas
gotas sejammais grossas”, exemplificaDal Prá.
Umtipo de gota para
cada tipo de alvo
O primeiro passo para uma pulverização de su-
cesso é responder a pergunta: qual é o alvo? Esta é
a questão principal. Cada objetivo tem seu tipo de
gota. Insetos como a lagarta ficam na parte superior
da planta, o que exige uma gotamaior. Quando a apli-
cação é para um inimigo na parte inferior, obviamente
a partícula precisa ser menor, e assim por diante. Em
resumo, a essência da pulverização refere-se a acertar
o maior número de gotas no alvo em uma circunstân-
cia que facilite a absorção pela planta.
A qualidade
domaterial
Muitas vezes a economia emdeterminados itens não
compensa.Umexemploéoconjuntodepontas.Omate-
rial de cerâmica, considerado ideal, chega a ter durabili-
dade de 1.000 horas de trabalho. Os de bronze e plástico
alcançam150horas. “Adiferençade valor entre as peças
nunca será 10 vezes maior. Esta relação custo/benefício
precisa ser levada em consideração, já que vai ter influ-
ência direta na eficiência do controle”, exemplifica Dal
Prá, lembrando que no caso da Ferrugem a aplicação
mal feita pode representar 100%de perda da lavoura.
OS SEGREDOS DA PULVERIZAÇÃO
Conheçaalgunsdetalhes edicasparaqueapulverização
nãosejasinônimodedesperdíciooudeprejuízonapróximasafra
As cincopartes que envolvemo conjuntobico epon-
ta têmfunções bemespecíficas:
BICO
–É a extremidade que vai determinar o padrão da
gota.
CORPO
– É o canal até a ponta e também serve como
proteção à peneira.
PENEIRA
– Filtra as impurezas que podem interferir na
formação da gota e, consequentemente, no desempe-
nho do produto.
PONTA
– Équemformaagota. Odiâmetrodaponta e a
pressão vão determinar o padrão de gota.
CAPA
–Proteção do conjunto.
Fica no bico
Paramonitorar a
eficiência das gotas
Uma simples faixa de papel amarelo hipersensível,
à venda em agropecuárias, pode fazer a diferença para
medir a eficiência da pulverização. Através dele, o pro-
dutor pode saber, por exemplo, o tamanho médio das
gotas, onúmerode gotas por centímetroquadradoe até
mesmoquantos litrosdeprodutousarporhectare. Tam-
bémhá a possibilidade de controle via aplicativos de ce-
lular, que, apartir do tipode aplicação, da velocidadede
trabalho e do espaçamento entre os bicos, passam as
informações aoprodutor sobreo tamanhodegota ideal.
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JORNAL DA
EMATER
setembrO de 2017