Revista AgroBrasil - 2016/2017 - page 89

PERFIL
Maurício Antônio Lopes é mineiro de Bom Despacho e presidente da Embrapa desde 2012. Gra-
duou-se em Agronomia pela Universidade Federal de Viçosa (MG), fez mestrado em Genética pela
Universidade de Purdue (EUA), doutorado emGenéticaMolecular pela University of Arizona (EUA) e
foi pesquisador do Departamento de Agricultura da FAO/ONU (Roma-Itália). Atuou como pesquisa-
dor da Empresa de Pesquisa Agropecuária de Minas Gerais (Epamig). Desde 1989, integra a Embra-
pa. Na Empresa, foi pesquisador e líder do programa demelhoramento genético demilho e ocupou
chefias-adjuntas dePesquisa eDesenvolvimento (P&D) da EmbrapaMilho e Sorgo eda EmbrapaRe-
cursos Genéticos e Biotecnologia, a chefia do Departamento de P&D, a diretoria-executiva de P&D e
acoordenaçãodoLabexCoreia, programadecooperação internacional daEmbrapanaÁsia. Émem-
bro dos Conselhos Científicos do Painel Global emAgricultura e Sistemas Alimentares, em Londres,
Reino Unido; do Fundo Global para Conservação da Diversidade de Cultivos, emBonn, Alemanha; e
doCentroGlobal para Alimentação, daUniversidade da Califórnia, Davis.
CARTEIRAFORTE
A Embrapa encerrou 2016 comuma carteira demais de
1.200 projetos organizados emportfólios e arranjos de pes-
quisa commúltiplos focos. “Semprebuscaremos contribuir
com a produção de alimentos baratos, diversos e seguros
paraapopulação, alémdeajudar oBrasil acolaborar paraa
segurançaalimentarenutricionalnomundo”,salientaMau-
rício Antônio Lopes. “Nossos projetos focam a ampliação
daproduçãoedaprodutividadedaagropecuáriabrasileira,
com sustentabilidade, buscando ganhos econômicos e so-
ciais e a conservação da base de recursos naturais.”
Frisa que o aumento da demanda por alimentos, fi-
bras e bioenergia exigirá sofisticação tecnológica que
racionalize o uso dos recursos naturais (água, solo, bio-
diversidade) e dos serviços ambientais necessários à
produção agropecuária e florestal. Considera ainda vital
investir em inovações para agregação de valor às
com-
modities
, criando mais oportunidades para a agroindús-
tria brasileira, em especial emmercados mais competiti-
vos, sofisticados e rentáveis. “Estamos também atentos
ao fato de que a agricultura do futuro deverá contribuir
na promoção da saúde e da qualidade de vida das pes-
soas, com oferta de alimentos de maior densidade nutri-
cional e com novas funcionalidades, ajudando o mundo
a lidar com o desafio da segurança nutricional”, revela.
Por fim, destaca que a empresa está consciente da ne-
cessidade de lidar com a intensificação de estresses de
diversas naturezas − pragas, doenças, eventos climáti-
cos extremos etc – em função das mudanças climáticas,
particularmente no Brasil, onde os ambientes já são de-
safiadores para a agricultura e a produção de alimentos.
“Se vamos enfrentar todos esses desafios e buscar novas
oportunidades no futuro, não podemos nos esquecer de
que ciência e tecnologia são motores potentes do desen-
volvimento, e não podemos perder a conexão coma fron-
teira da tecnologia e da inovação”, enfatiza.
Orlando Brito /Divulgação
Sílvio Ávila
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