O volume de carne de frango a ser mo-
vimentado como exportação no mercado
internacional em 2017 deve crescer 5,36%,
para 11,37 milhões de toneladas, de acor-
do com previsão divulgada pelo Departa-
mento de Agricultura dos Estados Unidos
(USDA, na sigla em inglês) em outubro
de 2016. A sinalização positiva fica muito
próxima dos 5,26% projetados de aumen-
to nas exportações de 2016 sobre 2015,
quando a tonelagem embarcada subiu de
Portos internacionais
andammuito
movimentados, com
incrementode 5%nas
exportações globais
de carne de frango em
2015, segundooUSDA
Trânsito
10,25 para 10,79 milhões de toneladas.
Reunindo apenas os 10 maiores exporta-
dores internacionais, o percentual de cres-
cimento deve subir para 5,5% em 2017.
O trânsito nos portos tende a ser mais
intenso nos países fornecedores. O Brasil,
por exemplo, permanece pelo 13º ano se-
guido na liderança no mercado mundial,
e, segundo o USDA, deve se aproximar no-
vamente da evolução que está próxima de
ser confirmada em 2016, de 7%. A proje-
ção é de 6,7% de aumento nos embarques
em 2017, passando de 4,11 milhões de to-
neladas para 4,39 milhões. Os critérios e os
dados do USDA diferem, ainda que sejam
aproximados, das informações e das pro-
jeções da Associação Brasileira de Proteína
Animal (ABPA). Outro fator interessante é
que o Brasil vai representar quase 48% (ou
275 mil toneladas) do avanço adicional das
expedições internacionais de 2017. São 580
mil toneladas acima do que a cadeia produ-
tiva deverá embarcar em 2016.
Enquanto isso, a China, principal com-
prador do Brasil, repete a situação encon-
trada no perfil de produção e é o ponto
fora da curva entre os 10 grandes expor-
tadores. Pelo segundo ano consecutivo,
vai diminuir sua participação no mercado
internacional, em cerca de 12,7%. Com
isso, o recuo chinês chega a 20% sobre
as 431 mil toneladas embarcadas para ou-
tros países em 2014. A suspensão das im-
portações de reprodutoras de corte, após
os surtos de
Influenza
aviária na Europa
e na América do Norte, mais a demanda
crescente no mercado interno, determi-
nam esse comportamento.
Os analistas norte-americanos acredi-
tam que, ainda que retomem as impor-
tações de reprodutoras, por conta da
população que precisam alimentar, os
chineses não voltarão ao nível de forne-
cimento internacional de carne de frango
que tinham por tradição. Para o Brasil, é
uma boa notícia.
Inor Ag. Assmann
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