Anuário Brasileiro de Aves e Suínos 2016 - page 29

DIMINUINDOORITMO
A desaceleração tem marcado o segundo semestre de 2016. Comparando o quadri-
mestre de julho a outubro ao mesmo período do ano anterior, o recuo é de 6,5%. Ao longo
do ano, a situação ainda é positiva. Os embarques acumulados de janeiro a outubro são
5,14% maiores do que os alcançados entre janeiro e outubro de 2015. A tendência, se-
gundo o MDIC, é de que novembro e dezembro mantenham a média do segundo semes-
tre, com 350 a 400 mil toneladas, e um avanço de 2,5% a 3% em relação a 2015. A ABPA
espera um pouco mais. E, com o efeito Donald Trump, acredita que parte do faturamen-
to será recuperado em dólar.
Em outubro, as vendas alcançaram faturamento de US$ 509,9 milhões, 2,2% abaixo
do mesmo mês de 2015. No acumulado dos 10 meses, a receita é de US$ 5,748 bilhões,
com queda de 3,57%.Em reais, são R$ 20,05 bilhões no ano, com alta de 3,83%. Na com-
paração mensal, a receita em moeda nacional foi 20% menor do que em 2015, alcançan-
do R$ 1,6 bilhão em outubro de 2016. Agora, as fichas do setor estão depositadas em um
dólar acima de R$ 3,50 e uma demanda da carne de frango brasileira que deve crescer
novamente em torno de 5% no mercado internacional em 2017. Conforme Ricardo San-
tin, o ponto de equilíbrio para o produto brasileiro no mercado externo fica com o dólar
cotado entre R$ 3,40 e R$ 3,50.
ne de frango era o quinto principal item
da pauta de exportações do Brasil, com
US$ 4,99 bilhões de faturamento. Em va-
lor, isso representa retração de 3,74% so-
bre o mesmo período do ano anterior. A
proteína representa 3,26% de tudo o que
o Brasil exporta. Nesse
ranking
, fica atrás
da soja em grão, do minério de ferro, do
petróleo e do açúcar.
Ricardo Santin, diretor de mercados
da Associação Brasileira de Proteína Ani-
mal (ABPA), destaca que o mercado mun-
dial vem se mostrando menos compra-
dor do que já foi, mas isso deve melhorar
em 2017. “O mercado está mais equilibra-
do, também pela maior produção em al-
guns países importadores. Além disso, o
surgimento de focos de
Influenza
Aviá-
ria na Europa e na Ásia impactou um pou-
co o comércio", refere. "Temos mantido a
expansão para novos mercados, além do
fornecimento tradicional, e isso levou a
avanço em volumes, diante de certa esta-
bilidade em alguns mercados.”
Segundo ele, atualmente, Japão, Méxi-
co e China representam 60% das exporta-
ções brasileiras. Nos últimos meses, o Ja-
pão vinha reduzindo as compras, mas a
expectativa era de que as retomaria em no-
vembro e dezembro. Apesar disso, o Brasil
continua sendo o maior exportador mun-
dial e é o segundo maior produtor.
De acordo com a ABPA, as exporta-
ções brasileiras de frango inteiro, embuti-
dos e outros processados aumentaram 5%
nos 10 primeiros meses de 2016, compa-
rados a igual período do ano anterior, to-
talizando 3,693 milhões de toneladas. Em
outubro, as exportações caíram 4,5% na
comparação com o mesmo mês de 2015.
Foram embarcadas perto de 310 mil tone-
ladas, o menor volume em 20 meses. A de-
saceleração em outubro também reflete
queda de 10 mil toneladas de embarques
para a Venezuela, em crise, e o descreden-
ciamento, pela China, de cinco frigoríficos
brasileiros, por questões burocráticas que
já estavam sendo sanadas.
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Exportações brasileiras de carne de frango
GOSTINHO BRASILEIRO
Brazilian taste
Ano
Valor (R$ bi)
% Volume (milhões de t)
%
2010
6.807,8
3.819,7
2011
8.253,0
21,23
3.942,6
3,21
2012
7.703,0
-6,7
3.917,6
-0,63
2013
7.966,5
3,42
3,891,7
-0.67
2014
8.084,9
1,49
4.099,0
5,33
2015
7.167,8
11,3
4.304,1
5,0
2016*
5.675,3
3.630,2
2016 **
7.200,0
0,45
4.530,0
5,0
* Realizado de janeiro a outubro de 2016 (Secex/MDIC). – ** Estimativa de teto para 2016 (ABPA).
Fonte:
Secex/MDIC/ABPA. –
Elaboração:
Anuário Brasileiro de Aves e Suínos 2016.
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