Anuário Brasileiro de Aves e Suínos 2016 - page 45

via que o Brasil deveria viver novo momen-
to econômico. "No entanto, precisamos
crescer de maneira sustentável, observando
as tendências nacionais e globais quanto ao
perfil de consumo", ressaltou.
O Brasil deve continuar na posição de
maior exportador de carne de frango do
mundo. Para Turra, essa inserção deve-se
ao
status
sanitário único e à produção fo-
cada na sustentabilidade, abastecendo o
mundo com produtos de alta qualidade.
"Exatamente por isso, precisamos analisar
os rumos que assumiremos nos próximos
anos, mantendo nosso papel como grande
gerador de renda, além de garantir o abas-
tecimento interno", comentou. A demanda
global por carnes deve crescer 1,4% ao ano
até 2025, apontam prognósticos de agên-
cias internacionais, como o Rabobank.
"A competência do setor e a boa oferta
de grãos estão recolocando a avicultura em
uma fase positiva", avaliou Domingos Mar-
tins, presidente do Sindicato das Indús-
trias de Produtos Avícolas do Estado do
Paraná (Sindiavipar). Ele acredita que a re-
tomada econômica prevista para 2017 será
oportunidade para a avicultura aumentar
as vendas nos mercados interno e exter-
MAIS FAVORÁVEL
O crescimento anual para o consu-
mo brasileiro de carne de frango está pro-
jetado em 2,8%, conforme consta na publi-
cação “Projeções do Agronegócio – Brasil
2014/2015 a 2024/2025”, do Ministério
da Agricultura, Pecuária e Abastecimeto
(Mapa). O estudo foi elaborado pela Asses-
soriadeGestãoEstratégicadoMapa, emco-
laboração coma Empresa Brasileira de Pes-
quisa Agropecuária (Embrapa).
Caso se confirme, vai significar aumento
de32,1%no consumonos próximos 10anos.
A demanda nacional de carne de frango pro-
jetada para 2025 é de 11,9 milhões de tone-
ladas. Com a população total projetada pelo
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística
(IBGE) em 218,3 milhões de pessoas, ao fi-
nal das projeções tem-se consumo de 54,7
kg/hab/ano. Dentre as três carnes, a de fran-
goapresentaráomaioraumento,comasuína
crescendo30,5%e abovina, 17,8%.
Quanto às exportações, as projeções in-
dicam elevadas taxas de incremento para os
três tipos de carne analisadas. As estimati-
vas projetamquadro favorável para as expor-
tações brasileiras. As carnes de frango e de
suínos lideram as taxas de crescimento anu-
al das exportações para os próximos anos –
a taxa anual prevista para a carne de frango
é de 3,6%; para a carne suína, de 3,7%; e as
exportaçõesde carnebovinadevemsituar-se
numamédia anual de 3,3%.
As exportações de carnes ao final do
período das projeções devemaumentar em
2,7 milhões de toneladas. Desse montan-
te, 1,7milhão de toneladas –ou seja, 62,7%
– devem ser de carne de frango. O restan-
te corresponde à seguinte proporção: car-
ne bovina, 28,8%; e suína, 8,4%. Para a car-
ne de frango, os principais destinos serão
Arábia Saudita, União Europeia (EU 28), Ja-
pão, China, Emirados Árabes Unidos, Hong
Kong e Venezuela.
no. No Paraná, a produção e a exportação
de carne de frango deverão ser 8,5% supe-
riores em 2016. O Estado é o maior produ-
tor e exportador do produto, responden-
do por mais de um terço do total ofertado
e embarcado pelo País.
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