Anuário Brasileiro do Tabaco 2016 - page 97

Otrabalho
infantil ainda
éumarealidadeno
Brasil, emespecial
nomeiorural.Mas
nãoadiantaapenas
dizermosoquenão
podeser feito; épreciso
achar caminhos,
ofereceralternativas
ecriarpossibilidades
deescolhas. Esseé
ograndeobjetivodo
InstitutoCrescer Legal,
aoofertarumcurso
degestãorural
AnaPaulaMottaCosta,
consultoraeassociada
fundadorado
InstitutoCrescerLegal
tituto, Iro Schünke, lembra que desde 1998 o setor está avançando no sentido de
conscientizar os produtores a não utilizar mão de obra infantil na produção de taba-
co, encaminhando as crianças e os adolescentes para a escola.
As aulas da primeira turma do curso começaramno dia 9 de maio de 2016, na Es-
cola Municipal de Ensino Fundamental São Paulo, na localidade de Linha do Rio, em
Candelária. No dia 23 de maio, iniciaram-se as atividades da turma de Vera Cruz, na
Escola Estadual de Ensino Fundamental Frederico AugustoHannemann, emVila Pro-
gresso. O curso de Venâncio Aires está emprática desde o dia 15 de agosto, na Escola
Municipal de Ensino Fundamental Coronel Thomaz Pereira, em Linha Taquari Mirim.
Já em Vale do Sol, as aulas ocorrem desde o dia 12 de setembro, na Escola Estadual
de Ensino Médio Guilherme Fischer. Uma quinta turma está prevista para funcionar
na Escola Estadual de Ensino Fundamental Guilherme Simonis, em Linha Boa Vista,
Santa Cruz do Sul.
A duração média do curso é de 11 meses, com quatro horas diárias, de segunda
a sexta-feira, somando 920 horas. Os adolescentes do programa são contratos como
jovens aprendizes e recebem remuneração proporcional a 20 horas semanais, além
de certificação e demais direitos previstos na legislação da aprendizagem. A contra-
tação dos jovens dá-se por meio das cotas das empresas associadas ao Instituto.
Apesar de terem vínculo com empresas, toda a carga horária é cumprida na institui-
ção de aprendizagem, no turno inverso ao escolar. A proposta da formação está vol-
tada para o desenvolvimento de um empreendedor em agricultura polivalente, que
planeja e administra uma unidade de produção.
Schünke comenta que a escassez de escolas rurais é um grande problema no
campo. Junto com as drogas e a ociosidade, acaba por contribuir para uma postura
cultural de pouca valorização do trabalho e incentiva crianças e adolescentes a ativi-
dades inapropriadas para sua idade. “Precisamos de políticas públicas a fim de for-
talecer as escolas nomeio rural, buscando alternativas para os jovens de até 18 anos.
Assim como o problema, a solução é complexa, mas possível”, avalia.
n
Participantes são contratados
e remunerados como jovens aprendizes
Fotos: Divulgação
95
1...,87,88,89,90,91,92,93,94,95,96 98,99,100,101,102,103,104,105,106,107,...132
Powered by FlippingBook