Anuário Brasileiro do Tomate 2016 - page 29

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trabalho para milhares de pessoas, direta e
indiretamente. “O cultivo do tomate sem-
pre será praticado por ser um produto de
hábitos mundiais. Acredito que não exis-
ta no Brasil uma família que não tenha à
mesa uma salada contendo tomate e que
não mantenha a tradição italiana em seus
pratos mais usuais, com agradabilíssimos
molhos à base de tomate”, diz.
Apesar do legado histórico, o presiden-
te da Abratop destaca que vários fatores
desafiam a produção de tomate, principal-
mente a competição pelas grandes cultu-
ras, que cada vez mais avançam sobre as
áreas tomateiras. Outros pontos elencados
são a questão da água, uma vez que 100%
dos frutos precisam de irrigação; aspectos
fitossanitários, como a rígida legislação fren-
te ao surgimento de novas doenças nas la-
vouras; e a falta de apoio governamental
para sustentação da cultura. “Não esquecen-
do dos benefícios fiscais e da falta de Boas
Práticas Agrícolas (BPA)”, destaca. “O trabalho
da Abratop é promover a união de toda a ca-
deia produtiva para poder lutar e conquis-
tar melhorias para o setor”, completa.
VOCAÇÃOPRODUTIVA
Os principais estados brasileiros pro-
dutores de tomate indústria são Goiás,
Minas Gerais e São Paulo, que respon-
dem por 98% da área. O restante é cul-
tivado no Nordeste, principalmente em
Pernambuco. O histórico da atividade
remete à década de 1960, no municí-
pio de Taguatinga, em São Paulo. “A
cidade foi eleita na época Capital Mun-
dial do Tomate pelo livro dos recordes,
por sua maior densidade de plantio de
tomate”, conta o empresário Antonio
Carlos Tadiotti. Na sequência, o cultivo
estendeu-se para Presidente Prudente,
Monte Alto e Novo Horizonte, também
em território paulista; Petronina, em
Pernambuco, e Juazeiro, na Bahia.
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