Revista AgroBrasil 2017-2018 - page 65

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US$ 19 BI NA CADEIA PRODUTIVA
ACNA,juntocomaAssociaçãoBrasileiradoComérciodeSementes
eMudas (Abcsem), apresentouaindano final de2017umestudosobre
“MapeamentoeQuantificaçãodaCadeiaProdutivadeHortaliças”, que
apurou movimentação financeira total de US$ 19 bilhões no segmen-
to, com dados de 2016 e relativos a 13 produtos (considerando a divi-
são do tomate emmesa e indústria). Desse valor, US$ 3,21 bilhões cor-
respondiamàs empresas de insumos,máquinas e equipamentos, US$
5,1bilhões àprodução eUS$ 10,5bilhões à indústria, atacado e varejo.
O levantamento no setor ainda verificou formação de Produto
Interno Bruto (PIB) na ordem de US$ 5,3 bilhões, impostos de US$
2 bilhões e massa salarial de US$ 892,4 milhões. A produção dos 13
itens pesquisados em 2016 atingiu 16,7 milhões de toneladas em
537 mil hectares, enquanto a última informação oficial, de 2015,
fornecida pela Embrapa Hortaliças, com dados de 32 produtos,
oriundos do IBGE e da Organização das Nações Unidas para Agri-
cultura e Alimentação (FAO), indicava volume colhido de 17,9 mi-
lhões de toneladas, em 752 mil hectares plantados.
O movimento financeiro dos 13 produtos, de forma específica
nas Centrais de Abastecimento (Ceasas) do País, foi na ordem de
US$ 2 bilhões. Os preços pagos, segundo a pesquisa, tiveram au-
mento de 80% nos últimos cinco anos, enquanto os volumes ven-
didos cresceram 5%. Quanto ao mercado externo, série histórica
de 2007 a 2016 revelou que as exportações registraram redução de
US$ 47 milhões para US$ 23 milhões, enquanto as importações au-
mentaram cerca de 200%, para US$ 820 milhões. “Esta tendência
mostra que ainda existe grande oportunidade no mercado interna-
cional para as hortaliças do Brasil”, concluiu o estudo.
batata, tomate de mesa, cebola e cenou-
ra no primeiro quadrimestre, diminuindo o
cultivo. Considerando as áreas de inverno
em 2017 e de verão no ciclo 2017/18, o re-
cuo atingiria 5%, incluindo alface.
Esta cultura, a princípio, não teria re-
dução de área no verão e ainda seriam
exceções os segmentos para indústria de
batata e tomate, que mostravam cresci-
mento. Não por acaso, entre os itens mais
importados no setor estão polpa de toma-
te e pré-fritas de batata, em que inclusive
foi ativada há pouco uma grande planta
processadora no País. Já o Instituto Brasi-
leiro de Geografia e Estatística (IBGE), no
seu Levantamento Sistemático da Produ-
ção Agrícola (LSPA, de novembro 2017),
apresentava incremento anual na área
de batata (5%) e até na cebola (1%), mas
o Cepea identificou forte queda de 7,5%
neste produto, “reflexo dos baixos preços
no segundo semestre de 2016 e na tempo-
rada 2016/17 do Sul”.
Para 2018, a perspectiva do Cepea era
de que a redução de área iria se refletir
em melhores resultados financeiros aos
produtores, além de que houvesse avan-
ço no consumo com cenário econômico
mais positivo, embora ocorresse a limita-
ção do desemprego ainda alto e o cres-
cimento ainda baixo. Por outro lado, a
Confederação da Agricultura e Pecuária
do Brasil (CNA) considerava que as difi-
culdades de 2017 não desanimaram os
produtores, inclusive mantendo rentabi-
lidade com melhoria na gestão e uso de
novas tecnologias, como cultivo prote-
gido e fertirrigação, enquanto para 2018
via restrição de investimentos diante de
incertezas, mas a estagnação da oferta e
o possível aumento de consumo pode-
riam sinalizar melhoria de preços.
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