l
PRONTO PARA ATENDER
A produtividade inicial prevista pela Conab para a nova safra
brasileira seria 6,2%menor do que o recorde anterior, de 3.364 qui-
los por hectare, embora o clima de forma geral estivesse contri-
buindo e a companhia até elevasse a projeção entre dezembro de
2017 e janeiro de 2018. Assim, a produção poderia passar mais uma
vez de 110 milhões de toneladas, em consonância com prognós-
ticos de algumas consultorias e perspectivas já expressadas pela
Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA). “O volume
deve ser semelhante ao anterior, com novas áreas na região do Ma-
topiba (Maranhão, Tocantins, Piauí e Bahia), avanço sobre áreas de
pecuária no Centro-Oeste e de milho no Sul, e manutenção de in-
vestimentos pelo produtor rural”, refere o organismo.
Parao futuro, a expectativa édequeo consumodaoleaginosaman-
tenha crescimentonomundoeoBrasil continuea ser ogrande fornece-
dor. A China, que em 2017 comprou 53,8 milhões de toneladas de soja
doBrasil(79%dototalexportadopeloPaís),deveráterdemandaadicio-
nal decercade35milhõesde toneladasdesojaem10anoseosbrasilei-
ros poderão fornecer cerca de 80%deste volume, na avaliação feita por
Lief ChiangeVictor Ikeda, paraoRabobank.
Pelo estudo, a demanda chinesa crescerá ancorada na urbanização
enaconsolidaçãodapecuária, emespecial ade suínos. Nacomparação
com Estados Unidos e Argentina, o Brasil está emmelhores condições
de atendê-la. Para esse fim, e para as necessidades domésticas, como
maior absorção para biodiesel, lembram que o País deverá ampliar o
plantioe issoocorreráemespecial sobrepastagens.
da oleaginosa cederam 14,6% no mercado
debalcão (preçoaoprodutor).
Na início da temporada 2017/18 emnível
mundial, os pesquisadores verificavam ofer-
ta próxima à anterior, enquanto a demanda
seguiria crescente, mas a relação estoque fi-
nal/consumo de soja pouco iria se alterar, de
modo que, sem choques mais expressivos,
não esperavam grandes mudanças de pre-
ços a curto emédioprazos. Observavamque
o interessepelogrão, assimcomopelo farelo
e pelo óleo, continua firme, enquanto a pre-
ferência dos produtores no seu cultivo, em
detrimento de outros grãos e cereais, man-
témestável aofertadaoleaginosa.
Ao longo dos anos, porém, analisamque
a rentabilidade dos produtores está emque-
da e amargemdos esmagadores não se am-
plia. De qualquer forma, como reitera a Co-
nab, em levantamentos da safra 2017/18 no
Brasil,estímulosvindosdaagilidade,daesta-
bilidadeedaliquideznavendadasojalevam
a incrementar o plantio a cada ano. Previsão
no começo de 2018 era de que a área cresce-
ria 3,2%, aumentando em todas as regiões
brasileiras e em quase todos os 18 estados
produtores, mais no Norte/Nordeste (4,2%)
e em unidades como Maranhão, no Nordes-
te (12%); Pará, no Norte; e São Paulo, no Su-
deste,com7%;SantaCatarina,noSul,eMato
GrossodoSul, noCentro-Oeste, pertode5%.
QUADRODASOJANOBRASIL •
BRAZILIANSOY PICTURE
ORETRATODA PRODUÇÃODE SOJANOPaÍS
Safras
2015/16
2016/17
Área (mil ha)
33.251,9
33.909,4
Produção (mil t)
95.434,6
114.075,3
Produtividade (kg/ha)
2.870,0
3.364,1
Maiores estadosprodutores (emmil t) 2016/17
MatoGrosso (Centro-Oeste)
30.513,5
Paraná (Sul)
19.586,3
RioGrande do Sul (Sul)
18.713,9
Goiás (Centro-Oeste)
10.819,1
MatoGrossodo Sul (Centro-Oeste)
8.575,8
Bahia (Nordeste)
5.123,3
Minas Gerais (Sudeste)
5.067,2
SãoPaulo (Sudeste)
3.084,3
Tocantins (Norte)
2.826,4
Maranhão (Nordeste)
2.473,3
Fonte:Conab.
77