Docampoaocopo
cássiofilter
O
produtor rural Deonildo Biffe (foto ao
lado) sempre optou pelo trigo e pela
canola como culturas de inverno. Em
2015, foi convidado pela cooperativa
que lhe dá assistência a experimentar a cevada.
Aceitouapropostae, desdeentão,mantémcerca
de20hectarescomocereal.
A simplicidade de manejo, a estabilidade de
preço e a facilidade de financiamento foram de-
terminantes para a tomada de decisão. Por ser
mais resistente e apresentar menos doenças, re-
quer menos aplicações de defensivos e a manu-
tençãodaqualidadeda lavoura ficamais fácil. “O
trigonãoestavamais compensando. Eacanolaé
uma cultura muito sensível. Então, resolvi testar.
Por enquanto, nãotenhodoque reclamar.Ocara
consegue se planejar. A compra é garantida e sei
quantovãomepagar. Opreçomédio ficana faixa
dosR$43,00por sacade60quilos”, argumenta.
Esta estabilidade da cadeia só é possível por-
que a gigante AMBEV compra praticamente toda
a produção e a usa namaltaria que possui na ci-
dade de Passo Fundo. Conforme o gerente regio-
naladjuntodaEmater/RS-AscaremPassoFundo,
Claudio Doro, a área plantada de cevada no Rio
GrandedoSul nasafrade2017atingiuos51,6mil
hectares. O avanço chega a 16%na comparação
como ano anterior e deve resultar numa produ-
çãototaldeaproximadamente158miltoneladas.
Em torno de 60% desses grãos têm destino
certo: as duas maltarias da multinacional AM-
BEV localizadas emPasso Fundo e Porto Alegre.
A empresa é a grande responsável pelo desen-
volvimento do cultivo de cevada nos campos
gaúchos, que culminounuma safrahistórica em
2016, tanto emvolume quanto emqualidade, o
que já permite a possibilidade de produção de
maltetotalmentenacional.
De acordo com o agrônomo regional da em-
presa, Caio Batista, a AMBEV tem interesse no
Nasregiõesde
PassoFundoe
Ijuí ,ocultivode
cevadaconquista
adeptosdevidoàs
inconstânciasdo
trigonomercado
incremento de produção. “Temos parcerias com
diversas cooperativas. Queremos que a cevada
deixe de ser umnicho demercado e seja encara-
da comouma culturaprincipal, junto coma soja.
Para o produtor também é excelente. Como é
uma culturamais precoce, entrega o solo antes”,
ressalta, destacando que não vê o cultivo como
rivaldacanolaoudotrigo.
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Segundo Batista, as duas maltarias abastecem oito cervejarias localizadas no Rio
Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo e Rio de Janeiro. A demanda das duas mal-
tarias é de 270mil toneladas de cevadapor ano. Ocomplementodaproduçãogaúcha é
atendidopeloprodutooriundodeSantaCatarina, ParanáoumesmodaArgentina.
Até chegar no copo
A SAFRAGAÚCHADE CEVADA EM2017
Área cultivada:
51.650 hectares
Produtividade:
3050kg/hectare
Produção estimada:
157.900 toneladas
Principais regiões produtoras:
Passo Fundo, Ijuí, Missões
Fonte:Emater/RS-Ascar
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JORNAL DA
EMATER
agosto de 2017